Lançado em outubro de 2008, o programa disponibiliza para a população ações de saúde prestadas no domicílio. Pioneiro no país, é destinado ao paciente cujo quadro clínico exija cuidados e tecnologias acima dos oferecidos pela modalidade ambulatorial, mas que possam ser mantidos em casa, por equipe de saúde específica para este fim. Os objetivos são evitar a hospitalização, reduzir taxas de re-internações, minimizar riscos de infecção hospitalar e humanizar o atendimento realizado por equipe interdisciplinar na residência.
O serviço tem capacidade para atender 600 pacientes por mês em todo o estado, em sua maioria com o seguinte perfil: maiores de 60 anos, portadores de doenças crônico-degenerativas agudas; de patologias que necessitem de cuidados paliativos e portadores de incapacidade funcional, provisória ou permanente, com exceção daqueles que precisem de ventilação mecânica, de enfermagem intensiva, que não tenham cuidador contínuo identificado, em uso de medicação complexa com efeitos colaterais potencialmente graves ou de difícil administração.
O atendimento é realizado por 23 equipes, formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas e motoristas, totalizando 171 profissionais. As equipes visitam os pacientes e treinam os familiares mais próximos para ajudar nos cuidados com os doentes. O serviço funciona diariamente, das 7h às 19h. Cada equipe atende, em média, 30 pacientes por mês, que têm uma permanência de aproximadamente 30 dias no programa. A solicitação para internação domiciliar deve partir dos hospitais onde tenha o serviço implantado e das unidades de emergência da rede estadual.
O programa está sendo executado, inicialmente, em dez unidades hospitalares sob gestão direta da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), em seis municípios baianos. Do total de equipes, 12 estão na capital, nos hospitais Geral do Estado (duas), Roberto Santos (quatro), Ernesto Simões Filho (duas), São Jorge (duas) e João Batista Caribé (duas), e 11 no interior, distribuídas nos municípios de Feira de Santana, no Clériston Andrade (três), Jequié, no Prado Valadares (duas), Lauro de Freitas, no Hospital Menandro de Farias (duas), Vitória da Conquista, no Hospital Geral da cidade (duas) e Ilhéus, no Luís Viana Filho (duas). O investimento é de aproximadamente R$ 1,3 milhão (mensal), incluindo salários de pessoal, capacitação, contratação de oxigênio, materiais diversos, medicamentos e veículos.
O Hospital Geral Prado Valadares, fundado em 1947, é considerado um dos principais hospitais de referência regional do interior do estado, sua reforma foi geral e é destaque por ter incluída as principais áreas da unidade: enfermaria pediátrica, UTI, laboratório, farmácia e almoxarifado. O hospital possui 200 leitos operacionais, nas especialidades de Clínica Médica e Cirúrgica, Pediatria, Psiquiatria, Neonatologia, Obstetrícia e Terapia Intensiva, e depois das recentes intervenções voltou a realizar cirurgias ortopédicas.