Salvador

POSSE DE DIRETORES CONCRETIZA DEMOCRATIZAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Vide
| 19/01/2009 às 12:08
Governador Wagner com presidente da ALBA e secretários Rui e Adeum Sauer
Foto: Foto: Manu Dias
  Com 17 anos de magistério, o professor Clodomir Esquivel Dórea, do município de Santo Amaro, afirmou que se sente orgulhoso de ter participado ativamente do processo democrático que escolheu os dirigentes das escolas estaduais da Bahia. Ele é um dos 2.154 educadores eleitos que tomaram posse no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador.


A Escola Luís Viana Filho, onde Dórea ensina, fica no bairro Trapiche de Baixo, o mais populoso e com os maiores índices de violência do seu município. "Meus desafio agora é integrar a escola à comunidade. Pretendo fazer com que ela se torne um organismo vivo dentro da comunidade", explicou.


Para garantir a melhoria da qualidade da educação em sua unidade de ensino, ele disse que pretende investir no social com programas que visem combater o consumo de drogas, por exemplo.


POSSE CONJUNTA

A solenidade de posse aconteceu simultaneamente nos 40 auditórios das 33 Diretorias Regionais de Educação (Direcs) em todo o estado, por meio de videoconferência. Os dirigentes foram eleitos pelos professores, pais, alunos e funcionários das escolas.

Os 13 mil professores que se inscreveram para disputar os postos de dirigentes passaram por uma etapa de capacitação, através de um curso de gestão ministrado pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb).


O pleito eleitoral, que obteve 600 mil votos, ocorreu em 17 de dezembro do ano passado - 1.001 escolas da rede estadual dos 417 municípios baianos participaram do processo eleitoral. O Governo do Estado investiu R$ 1.642.358,52 na realização das eleições.


"Não fui eleito para continuar, mas para transformar", declarou o governador Jaques Wagner, referindo-se ao antigo modelo de gestão na rede estadual, no qual os cargos de dirigentes escolares eram preenchidos por meio de indicação política.


Para o secretário da Educação, Adeum Sauer, a escolha dos dirigentes escolares de forma democrática é um marco institucional importante para melhorar a qualidade da educação no estado. "As eleições propiciam mais legitimidade e mais responsabilidade a quem vai dirigir as escolas e, conseqüentemente, mais controle social e participação da sociedade", destacou.


Ações para melhorar
a educação na Bahia


Além das eleições democráticas na rede estadual de ensino, o Governo do Estado tem apresentado um conjunto de ações para melhorar a educação na Bahia. Um desses programas é o Tudo pela Alfabetização (Topa), que tem como objetivo reduzir a taxa de analfabetismo na população a partir dos 15 anos, principalmente dos que moram na zona rural.


"Estamos investindo na capacitação dos professores, na reforma e na construção de escolas, na informatização de matrículas, além da qualificação educacional e profissional de jovens que querem se inserir no mercado de trabalho, por meio do programa Trilha, lançado em outubro do ano passado", afirmou Wagner.