Salvador

PREFEITO DE ITORORÓ QUER MELHORAR O IDH DO SEU MUNICÍPIO EM 4 ANOS

Vide
| 06/01/2009 às 14:28
Adroaldo Almeida, PT, novo prefeito de Itororó, anuncia São João e Festival de Repentistas
Foto: Foto: Robson Rosa
  Ele foi o primeiro prefeito brasileiro a tomar posse, programada inicialmente para os 13 minutos, teve começou aos 5 minutos do primeiro dia do ano de 2009. Adroaldo Almeida (PT) de Itororó, cidade encravada na região Sul da Bahia, a 536 quilômetros de Salvador, já prepara outras inovações.
 
  Entre elas está a realização de um festival de repentistas do nordeste, no Festsol, o São João de Itororó que é um dos maiores da Bahia, um contraponto ao eletrônico forró de hoje. Adroaldo foi o primeiro a anunciar o secretariado deixando-os por mais de 30 dias para avaliação da população.


   Mas o petista que começou a carreira política combatendo o regime militar não quer ficar conhecido por atos que levem uma forte exposição na mídia. Ele está de olho nos indicadores sociais do município e pretende, nos próximos quatro anos, levar a cidade a conquistar um melhor IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, quer avançar o município na classificação no Ideb, na educação também, quer ampliar o número de estudantes nas universidades e fazer com que todos os educadores do município tenham um curso superior.


   BOM PREFEITO

"Eu não pretendo ser o melhor prefeito que a cidade já teve, quero ser apenas um bom prefeito", diz ele. Adroaldo Almeida não esconde a sua inquietude, nas primeiras horas da manhã de janeiro enquanto milhares de prefeitos brasileiros tomavam posse, ele já estava na rua visitando os bairros da cidade, no roteiro o Sinval Palmeira, dos mais carentes do município e para onde pretende destinar investimentos. O prefeito diz que adotou a marca para quem mais precisa e será assim no seu governo, voltado para os mais carentes.


"Nosso expediente será de domingo a domingo. Todos os dias é dia de trabalho",diz.  Se promete trabalhar todos os dias. Não faltou festa na posse de Adroaldo realizada em praça pública diante de cinco mil pessoas. Os também apressados cerimonialistas não olharam para o relógio quando deram início a solenidade depois de 4 minutos de fogos de artifício , não se sabe para polemizar com Sátiro Dias, outra cidade baiana que antecipou para os 10 minutos a posse do prefeito o que eles negam, ou pressa mesmo.


CRISTINA PRESIDE
CÂMARA VEREADORES

A  sessão da Câmara para eleger o novo presidente que também entra para a história como a primeira do Brasil foi tranqüila. Cristina Rezende do PMDB, foi eleita com 8 votos contra 3 dados ao adversário. Com um discurso curto a nova presidente do legislativo deu posse a Adroaldo. Se o PMDB e o PT disputam espaço político na Bahia é diferente em Itororó, os dois partidos   convivem harmonicamente a vice é a ex-vereadora Delmara Brito indicada por Marco Brito o ex-prefeito que compareceu para transmitir o cargo, outro ato incomum no Sul da Bahia.


    A solenidade atraiu centenas de pessoas a Praça Coronel Borges até de outros municípios e autoridades federais. A educadora Mariela Rios, de Itabuna, disse que nunca tinha visto uma posse em praça pública. "É algo inovador e muito interessante" disse. Ela ressalta o caráter de transparência do ato que avalia como político ao levar ao aproximar da população de um ato solene e político e uma sessão de câmara a maioria esvaziada. "Tudo feito as claras".


De forma mais simples o olhar de Josefina Santos de Oliveira, dona de casa de 54 anos e moradora de Itororó. "Achei lindo (a posse) a meia-noite", disse. Era a primeira vez que ela assistiu uma posse. A mesma opinião do aposentado Gerson Ferreira da Costa de 79 anos. "Eu nunca assisti uma posse e achei fantástico".


Para o deputado Federal Geraldo Simões, uma das autoridades presentes, Adroaldo inovou ao projetar a cidade como a primeira do Brasil a empossar o prefeito e "tem a convicção de que ele será um dos melhores prefeitos baianos". Já Rosemberg Pinto, Coordenador de Comunicação Institucional da Petrobrás, disse que Adroaldo tem consciência de que não será fácil administrar a cidade e que, além da capacidade de fazer, deverá ter a capacidade de perdoar, em referência a violência promovida pelos adversários na campanha.