Diretora da Escola do Quingoma, Irineide Medina disse que a caminhada é uma manifestação de resistência de um povo forte e lutador. "Cerca 70% dos nossos alunos são afro-descendentes e manter viva essa história faz parte da nossa proposta na escola", explica Irineide. Grupos de dança, teatro, capoeira e percussão saíram da rótula de Vida Nova, seguindo até o campo do Quingoma, acompanhados por moradores e visitantes.
O ato, que encerrou as comemorações ao Dia da Consciência Negra em Lauro de Freitas, teve duas paradas obrigatórias. A primeira sobre o Rio Ipitanga, onde foi lembrada a importância das águas na cultura dos povos africanos, e a segunda na Escola do Quingoma de Fora, onde foi montada uma exposição de fotos de manifestações da cultura e religiões de matriz africana. A localidade do Quingoma abriga descendentes de escravos e a reserva indígena Thá-Fene, das tribos Funi-ô e Kiriri-Xocó.
Para a estudante Carla Menezes de Jesus, 13 anos, o mais importante não é comemorar o Dia da Consciência Negra, mas mostrar para sociedade que o negro têm seus direitos e merece respeito.