Veja ponto de vista do Sindilimp
Cerca de 1.700 trabalhadores da Macrosel Serviços de Limpeza e Gestão Empresarial Ltda., uma das prestadoras de serviço que teve seu contrato rescindido com o Estado depois de ter sido envolvida na Jaleco Branco, operação da Polícia Federal que desbaratou uma máfia especializada em fraudar licitações do governo baiano, ainda estão sem receber as parcelas rescisórias que têm direito referente ao aviso-prévio e FGTS.
O coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA (Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia), Luiz Carlos Suíca, afirmou que os funcionários, em especial os desempregados, estão desesperados pelo não recebimento dos direitos trabalhistas devidos desde março.
"Apelamos para que a Procuradoria Geral do Estado da Bahia, e a Justiça Cível e a do Trabalho acelerem todo o procedimento, pois muitos enfrentam graves problemas pessoais e financeiros. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em seu artigo 449 assegura a prioridade de pagamento para as dividas trabalhistas e é isso que queremos garantir", afirmou Suíca.
AFLIÇÃO
O sindicalista acrescenta que diariamente os funcionários da Macrosel procuram o Sindilimp-BA com uma aflição extrema. "Primeiro os trabalhadores enfrentaram atrasos nos salários em uma empresa que descumpriu com seu papel social, tanto que foi arrolada no dia 22 de novembro de 2007 na Operação Jaleco Branco da Polícia Federal, depois foi a vez de enfrentar a burocracia do Estado e agora, como se todo o sofrimento anterior não bastasse, encaram a lentidão da Justiça".
"A legislação prevê que o pagamento das dívidas trabalhistas são prioritárias. O Sindilimp-BA apela mais uma vez para que as Justiças Cível e do Trabalho, assim como a Procuradoria Geral do Estado veja também o lado humano e social da questão que deve ultrapassar quaisquer meandros ou burocracias.
Estamos tratando com gente que nem mesmo tem comida para colocar na mesa para a família e alguns ameaçados de cadeia por não pagar pensão alimentícia e até mesmo temos caso de pessoas que receberam ordem de despejo por falta de pagamento do aluguel", finalizou Luiz Carlos Suíca.