A vice-prefeita de Serrinha, Tânia Lomes, deverá assumir a função de prefeita deste município no próximo dia 1º de janeiro de 2008, após a licença que o atual prefeito, Claudionor Ferreira da Silva, o Ferreirinha, tomará por motivos de um acordo político feito entre as partes.

  Tânia será ao longo da história de Serrinha, a primeira mulher a governar este município cujo primeiro intendente Mariano Sílvio Ribeiro foi nomeado pelo então governador José Gonçalves da Silva, em 1890.
 
   Filha de um tradicional político local, Carlos de Freitas Mota, prefeito em duas gestões (1959/1963) e (1967/1971), Tânia é casada com o empresário Antonio Lomes e terá 12 meses de gestão para conseguir fazer alguma coisa pelo município, em especial pela cidade, hoje, com sinais de decadência.

   Esta é a segunda vez que o prefeito Ferreirinha entrega o cargo após iniciar suas gestões com bastante apetite político e administrativo, mas, com apatia ao final de cada três anos de governo. Da outra feita, em 1996, passou o cargo ao vice-prefeito Hamilton Safira, afundando ainda mais sua administração.

  SITUAÇÃO ATUAL

  Desta feita, Tânia ficará com a missão de tocar a administração à frente, tendo à sua sombra os mais fortes e prováveis nomes para substituí-la, a partir de 2009: Osni Cardoso de Araújo, provável candidato do PT com apoio do secretário das Relações Institucionais do Governo, Rui Costa, a quem deu mais de 4.000 votos na eleição para deputado federal; o ex-prefeito Zévaldo Lima, o qual, enfrenta problemas na Justiça Eleitoral desde sua última tentativa de eleição a deputado estadual; o ex-conselheiro do TCM, Plínio Carneiro da Silva; e o atual presidente da Câmara de Vereadores, Ernesto Ferreira.

  Obviamente que Tânia será candidata a reeleição desde que Ferreirinha se afaste do cargo durante todo o ano de 2008. Diz-se que o acordo entre ambos passa por essa situação, ainda que Ferreirinha não deva renunciar ao cargo (apenas se licenciar) para que não dê margem a auditorias em sua gestão, considerada com muitos problemas.

   A rigor, o município está semi-abandonado, sem investimentos de qualquer natureza, com a cidade num paradeiro de dar pena.