PDDU vai a votação depois de amanhã
O atual centro econômico-financeiro de Salvador, o entorno da avenida Tancredo Neves, cresce por causa de ações da iniciativa privada sem que haja qualquer condicionamento por parte da Prefeitura Municipal, na presente administração João Henrique.
A implantação do Salvador Shopping, projeto aprovado no final da gestão Antonio Imbassahy deu-se com reconhecido êxito, dada à exigência pelo poder público de efetivas soluções no acesso e circulação de pessoas e veículos, as quais implicaram na melhoria em toda a circulação da área.
Agora, está acontecendo uma nova leva de lançamentos de megas empreendimentos privados em áreas contíguas sem qualquer condicionamento da Prefeitura para aprovação dos projetos de implantação sem qualquer contrapartida ao melhor funcionamento das atividades urbanas, como se pode alinhavar:
- 1) empreendimento em terreno de pequena testada situado entre a loja da DISMEL e o CEMPRE, optando como solução a criação de uma nova rua, estreitissima, transversal à pista lateral da Tancredo Neto e sem outra saída medindo cerca de 200 metros de comprimento para abrigar quatro torres de salas e apartamentos com total de 1.100 unidades, quando seria necessária uma ponte sobre o canal e via na sua margem para permitir outra opção de acesso;
- 2) outro, em terreno remanescente do lado esquerdo do Salvador shopping, com inúmeras torres de apartamentos com acesso pelo próprio sistema viário do estacionamento, propalando-se a construção de cerca de 500 imóveis habitacionais, sem prever a continuação da via marginal esquerda ao canal que integre a com a rua descrita anteriormente;
- 3) um terceiro em outro terreno remanescente do lado direito do Salvador shopping também utilizando as vias de acesso aos estacionamentos, que abrigará inúmeras torres de conjuntos empresariais, com especulação de que atingirá 450 unidades.
Somadas as quantidades dos empreendimentos chega-se a cifra de 2.050 de apartamentos e conjuntos de salas, sem praticamente criar qualquer nova infra-estrutura condizente.
Se à vista do grande publico que trabalha e circula na área do novo centro da Cidade, a Prefeitura fecha os olhos para o apetite sem fim do capitalismo selvagem, imagine quando, for aprovado o PDDU o que não acontecerá no resto da Soteropolis de outrora, principalmente nos terrenos cobiçados da orla.