Com a realização da 15ª audiência que tratou dos temas Subúrbio (Administração Regional XVII) e Ilhas (AR XVIII), o calendário de audiências públicas definido pela Câmara para debater com a população de Salvador o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) foi "cumprido".
O grande problema foi a pouca participação da população, entidades representativas e dos próprios vereadores nas discussões organizadas pelos membros da Câmara Municipal. Mas, por outro lado, ficou caracterizado que o prefeito não vai retirar o PDDU da Câmara e ele será votado ainda este ano, não dando ouvidos aos apelos da ex-prefeita Lídice da Mata.
As principais diretrizes previstas pelo PDDU para o Subúrbio e para as Ilhas (Maré, dos Frades e Bom Jesus dos Passos) falam do ordenamento territorial, com destaque à política de habitação voltada para a população de baixa renda, da proteção de áreas ambientais e do sistema de transporte para as Ilhas, dentre outros temas.
O prazo para o envio de emendas para colaborar com o PDDU foi prorrogado e a população terá até o dia 20 de dezembro para sugerir propostas que contribuirão para o ordenamento e planejamento de Salvador.
O trabalho foi presidido pelo vereador Sandoval Guimarães (PMDB), líder do governo, que destacou que "a casa de discussão do PDDU é a Câmara". Ele lamentou mais uma vez a ausência das entidades que criticam o Plano Diretor e informou que as emendas ao projeto ainda poderão ser encaminhadas até o dia 20.
As principais diretrizes previstas pelo PDDU para o Subúrbio e para as Ilhas (Maré, dos Frades e Bom Jesus dos Passos) foram mostradas pelo arquiteto Fernando Teixeira, representante da Secretaria de Planejamento (Seplan). Ele falou do ordenamento territorial, com destaque à política de habitação voltada para a população de baixa renda, da proteção de áreas ambientais e do sistema de transporte para as Ilhas, dentre outros temas.
Arnaldo Anselmo, representante da Central de Mobilização dos Moradores da Nova Constituinte, lamentou a pouca participação, nas audiências do PDDU, dos líderes comunitários e outros representantes populares. Ailton Gomes, líder comunitário de Ipitanga, pediu mais atenção aos bairros populares. Num dilema contraditório, disse que "se o PDDU não for aprovado a cidade não crescerá e se for aprovado sem ampla discussão não contemplará os principais interesses das comunidades".
Eugênio Domingos de Sena entregou uma emenda ao vereador Sandoval Guimarães propondo, como contrapartida aos grandes investimentos imobiliários, a construção de casas populares para a população de baixa renda. Já Antonio Moreira, da Associação Semente da Libertação, do Rio Paraguari, disse que não entende o PDDU. Segundo ele, a discussão deveria ser realizada nas comunidades.
Vários líderes comunitários fizeram uso da palavra, posicionando-se a favor e contra o plano. A vereadora Marlene Souza (PTN) participou da audiência, registrando os principais pleitos das lideranças comunitárias que fizeram uso da palavra. O vereador Giovanni Barreto (PT) também esteve presente. A audiência pública foi transmitida ao vivo pela TV Câmara (Canal 20, NET). (Repórter - Marivaldo Filho)