Salvador

EXCLUSIVO: AGENDA BAHIA SOBRE VIOLÊNCIA URBANA NÃO MELHOROU CENÁRIO

A Agenda Bahia vai recorrer ao Governo Federal através do Pronasci
| 24/07/2007 às 18:43
Da assinatura da Agenda Bahia até hoje, 70 dias, a violência aumentou 28% na capital (F/G)
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  O programa Agenda Bahia foi lançado entre os três poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo) no último dia 14 de maio, no gabinete do Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Benito Figueiredo, com as presenças do governador Jaques Wagner e do presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo. 

   Até agora, passados 70 dias, os esforços e programas agendados naquela reunião, considerada histórica, para enfrentar a violência urbana (tema escolhido pelas autoridades como prioritário) não surtiram efeitos desejados, a violência aumentou 28% em Salvador e as autoridades não voltaram a se reunir para rediscutir o problema e dar um impulso nas ações prometidas.

   O documento, na época, entregue à imprensa está assinado pelas três autoridades máximas do Estado e lê-se na folha de rosto que haveria esforço para "alocação de recursos e capacitação de policiais, investimentos na investigação científica, aceleração de inquéritos, construção de unidades policiais e prisionais planejadas, modernização tecnológica, aquisição de veículos e outros".

   No protocolo, os chefes dos três poderes se comprometeram a instituir uma "nova forma de agir em relação á violência, que vitima crianças, adolescentes e adultos, especialmente em centros urbanos, onde, nas últimas décadas, vem se agravando problemas como as desigualdades e desemprego".

   Como dito, prevê ações "imediatas e outras de médio e longo prazos".

   COMENTÁRIO
   BAHIA JÁ

   Houve, de fato, uma mobilização inicial dos três poderes para analisar e minimizar o problema da violência urbana, porém, as medidas até agora adotadas estão sendo consideradas tímidas, tanto entre os políticos; quanto entre os técnicos e especialistas em segurança.

   No decorrer desses 70 dias aconteceram alguns crimes (até agora insolúveis), na capital, que demonstram a necessidade de investimentos em tecnologia nas polícias, a violência só aumentou e as medidas anunciadas pelos três poderes, poucas delas foram organizadas.

    Muitas das ações são tão amplas que, dificilmente, dariam para implementá-las em 4 anos de governo. Mas, estão no documento e o governo, juntamente com o Judiciário e o Legislativo vão se esforçar para cumprir o que assinaram. 

    É o que a sociedade espera e almeja.