Salvador

QUIOSQUE DAS BAIANAS DO LARGO DE AMARALINA DESAPARECEU DO CENÁRIO

Baianas querem a recuperação do ponto, mas, não sabem a quem apelar
| 11/07/2007 às 16:01
Ainda restam duas baianas e uma banca do jogo do bicho. Ainda é tempo de jogar no macaco (F/BJ)
Foto:
   O tradicionalíssimo ponto das baianas do acarajé do Largo de Amaralina acabou.

   Agora, funciona uma banca de jogo do bicho da Paratodos e duas baianas ainda resistem embaixo de um velho toldo da ex-obra de recuperação da orla Atlântica, iniciada no final do governo Paulo Souto e que não foi finalizada, nem dada continuidade no atual governo.

   Até a placa de divulgação da obra foi retirada, mas deixaram a armação de madeira nas proximidades dos vendedores de coco que também se encontram espremidos numa área improvisada, em tendas de lona, nas proximidades do ponto de ônibus.

   De Amaralina até a Pituba é uma buraqueira só na parte lateral direita da pista e os antigos barracões da obra estão se deteriorando.

   O ponto de venda das baianas de Amaralina é um dos mais antigos da cidade. Marcou época entre os anos 1970/80 quando o Bar e Restaurante Gereré, ponto de boemia, ainda funcionava no Largo e alguns restaurantes de melhor nível se instalaram no local.
 
   Várias baianas fizeram história naquele local - Chica, Zezé, Andrelina - entre outras. Tinha gente que saia da Barra, Nazaré, Brotas, Bonfim, Ribeira, os bairros classe média da cidade para ir ao Largo de Amaralina comprar abará, acarajé, bolinhos de estudantes, cocada puxa, entre outros.

    Era um programa familiar. Os carros paravam em frente ao quiosque que abrigava as baianas e as famílias desciam para se deliciarem com a mais conhecida iguaria baiana: o acarajé.

   Quem fazia o melhor acarajé de Amaralina?

   Essa era uma pergunta que se fazia, que corria de boca em boca, para apimentar o folclore baiano.

   Os turistas também frequentavam o Largo de Amaralina e faziam a festa.

   Pois dito; tudo isso acabou.

   Resta à baianada ir ao Largo de Amaralina para jogar no macaco ou na avestruz.