O novo empreendimento - segundo mensagem do prefeito à Câmara - terá que obedecer a um Plano Urbanístico a ser definido pela Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente - SEPLAM, conservando-se os parâmetros de ocupação e os coeficientes de aproveitamento vigentes.
Com a Câmara Municipal em recesso a mensagem do prefeito só deverá entrar em pauta a partir do próximo dia 18, quando retornarão às sessões na Casa.
O hotel deverá ser implantado pela iniciativa privada - ainda segundo a mensagem - através de concorrência pública.
IMPACTO AMBIENTAL
Para o vereador Paulo Câmara (PSDB) a proposta do prefeito carece de muitas informações complementares, pois, pelo visto, será implantado um paredão de 18 andares à beira mar, o que vai impedir a visão de quem mora em boa parte da Pituba.
Antes de começar a obra terão que ser feitos estudos de acordo com os parâmetros do Estatuto das Cidades visando diminuir o impacto ambiental e evitar danos relativos ao sombreamento, valor paisagístico, ventilação, entre outros.
Paulo Câmara diz que vai organizar reuniões com a comunidade da Pituba para analisar os projetos arquitetônicos que forem apresentados, isso se a Câmara aprovar a solicitação do prefeito.
ANTIGO PORTUGUÊS
A enorme área onde será (em tese) implantado o hotel era ocupada pelo Clube Português da Bahia, entidade que reunia portugueses e seus descendentes, num espaço que marcou época por seu glamour, festas extraordinárias e bons carnavais, além de abrigar nas décadas de 1970/80, muitos bailes de formatura.
O Clube Português faliu durante a gestão do prefeito Antonio Imbassahy (1997/2004) e o imóvel foi alienado como bem da Prefeitura. Sem solução para a área, esta foi ocupada por integrantes do Movimento dos Sem Teto e encontra-se abandonada.
Para este local já foram pensados vários projetos, ainda na época de Imbassahy, desde um centro de referência e treinamento de gastronomia e um oceanário. (Repórter - Marivaldo Filho.