Os professores se dizem mobilizados
Os professores da rede pública de ensino estadual de 2º grau decidiram agora a pouco em Assembléia Geral no Sindicato dos Bancários, nos Aflitos, em Salvador, terminar com a greve que durou 55 dias e abriu fissuras nas relações entre o governo do Estado, em especial o governador Jaques Wagner (PT) e a categoria.
Classificado como traidor da categoria, as relações do governador com os professores nunca será mais a mesma, avalia o presidente da APLB/Sindicato, Rui Oliveira, que comandou o movimento até o final.
Os professores, a rigor, continuam sem aceitar a proposta parcelada de reajuste entre 4.5% e 17.28% e a categoria se manterá mobilizada na Mesa Setorial de Negociação e em outros assembléia, a próxima delas já marcada para dia 27.
A partir do encerramento da greve cada escola vai providenciar a formatação do calendário de reposição das aulas, com previsões de que até fevereiro de 2008, nos finais de semana as escolas vão funcionar.
A rigor, a greve desmontou a estratégia do governo do Estado e do secretário Adeum Sauer em melhorar a qualidade do ensino na Bahia.
Este é um ano perdido - avaliam os professores - sobretudo levando-se em consideração que não houve avanço nas negociações, os professores não levaram um real a mais em suas propostas, e as relações da categoria com o governo são as piores possíveis.
PROFESSORES
DAS UNIVERSIDADES
Os professores das Universidades Estaduais continuam paralisados, a exceção da Universidade de Santa Cruz, no Sul do Estado.
As negociações com o governo também estão emperradas, o governador determinou o corte dos salários dos professores e a Mesa Setorial deverá promover uma reunião ainda esta semana.