Enquanto o ministro da Defesa, Waldir Pires, desfilava no 2 de Julho e o caos continuava nos aeroportos, nesta terça-feira, 3, nada mudou e ainda é impossível fazer previsões sobre a normalização da situação, segundo o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira.

  Cada hora é uma desculpa. O brigadeiro acredita que o fechamento do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, durante toda a madrugada deve provocar atrasos e cancelamentos de vôos em todo o Brasil e também em terminais internacionais. "As operações ficaram suspensas por muito tempo", disse o brigadeiro. "Isso prejudicou inclusive o transporte de cargas e os vôos internacionais."

  O aeroporto paulista foi reaberto para pousos - com restrições - às 6h44. Para decolagens, a abertura ocorreu às 5h04. A situação, porém, continua complicada. Em razão do nevoeiro, 12 partidas e uma chegada foram alternadas para os aeroportos de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, Viracopos, em Campinas, a 95 km de São Paulo e para o Rio de Janeiro. Às 9h, havia 47 decolagens e 53 pousos com atraso superior a uma hora, de acordo com a Infraero.  

  Para piorar, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), foi fechado para pousos por causa da neblina por volta das 6h.

 Balanço

  A Infraero informou que, dos 622 vôos previstos nos 13 principais aeroportos do país entre a 0h e as 10h desta terça, 92 atrasaram mais de uma hora e 84 foram cancelados. Ou seja, 28,2% dos vôos tiveram problemas.

  O terminal que teve maior percentual de atrasos e cancelamentos foi o do Recife (PE). Oito das 22 decolagens programadas ocorreram fora do horário (36,3%). Outras seis partidas foram canceladas (27,2%). Em Salvador (BA), oito dos 37 vôos previstos sofreram atrasos de mais de uma hora.