Salvador

CRA FAZ PAPEL DE ASSISTENTE SOCIAL E NÃO REVELA EMPRESAS QUE POLUIRAM

CRA deveria informar sobre os laudos mais rapidamente
| 26/03/2007 às 18:21
    Até esse momento, o Centro de Recursos Ambientais - CRA -  ainda não divulgou nenhum relatório definitivo para informar quem foi o responsável pelo desastre ambiental que, desde 8 de março, provocou a morte de cerca de 60 toneladas de peixes e mariscos no litoral do Recôncavo da Bahia.


     A diretora geral do CRA, Beth Wagner, tem se comportado mais como secretária da área de desenvolvimento social do que como diretora de um órgão ambiental. Trabalha bastante, reconhece que há uma tragédia ambiental, mas, não informou até agora quais as empresas responsáveis por tal calamidade.
  

     Os danos que provocaram as mortes dos peixes não foram causados somente pela pesca com bombas e explosivos, segundo já constataram a Polícia Civil do município e o CRA.

     Foram identificados outros agentes de desequilíbrio ambiental como a coloração avermelhado-ferruginosa, na localidade de Ponta de Saubara, o que constata a possibilidade de fonte contaminante.

    Este agravante sinalizou ao órgão de meio ambiente do Estado que são necessárias mais investigações assim como monitoramentos de forma diária e sistemática. Mas, a verdade é que está demorando demais a divulgação dos resultados dos laudos.


    Amostras dos tecidos dos peixes e das algas estão sendo analisadas em laboratórios na Bahia e em São Paulo. Por enquanto, os técnicos trabalham com duas origens para o desastre: industrial ou orgânica, sendo a última originada por algas que liberam toxinas e podem provocar a morte dos peixes.


     Beth Wagner pretende agendar uma reunião com os dirigentes de empreendimentos localizados na Baía de Todos os Santos, como Dow Química e Petrobrás, com o objetivo de ajudar as comunidades atingidas pelo mais grave desastre ecológico ocorrido na Baía, tarefa que caberia mais ao secretário de Desenvolvimento Social do Estado do que ao CRA.