Já comentamos neste site as razões estruturais da queda de avaliação da segunda gestão do prefeito Bruno Reis, segundo AtlasIntel para 56% com rejeição de 30%, quando, recentemente, foi eleito por 80% dos eleitores.
Falamos que uma das questões era (e ainda é) o abandono de áreas da cidade. Hoje, mostraremos o que está acontecendo na Praça da Piedade (antiga 13 de Maio), no centro histórico de Salvador, um sito de grande relevância na história da cidade e que está abandonado.
Ou melhor: entregue aos moradores em situação de rua com acampamentos na praça, dezenas de pessoas, dormindo, mijando e defecando no local, os pedestres com medo de passarem pelo interior da praça. Para gravarmos uma matéria no local ouvimos várias ameaças e tivemos muita dificuldade em fazer nosso trabalho (veja vídeo no canal de Sêo Franco, YouTube).
Essa praça é histórica. Foi palco do enforcamento dos mártires da Revolta dos Alfaiates, abriga no seu entorno o Gabinete Português de Leitura, o Convento de Nossa Senhora da Piedade, a Faculdade de Economia da UFBA, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, a Paróquia de São Pedro, já foi palco de inúmeras manifestações da cultura e da política, já foi a praça dos poetas, mas, nada disso parece ter importância para a Prefeitura.
E a praça está entregue ao abandono, um jorro de água correndo a céu aberto, várias placas de mármore dos acentos já foram roubadas, não há mais camaleões nem homenagens aos mártires da Revolta dos Alfaiates e até os aposentados que faziam ponto no local desapareceram.
A cidade tem uma Guarda Municipal paga pelo contribuinte, mas, não aparece por lá. Há, felizmente, uma viatura da PT que fica estacionada em frente ao IGHB e nada mais.
Pronto, essa é um dos motivos da queda de Bruno Reis. (TF)