Política

ROSEMBERG IRONIZA CANDIDATURA ACM NETO AO GOV: UMA MARCA, COCA-COLA

Rosemberg fez um balanço dos 3 anos do governo Jerônimo Rodrigues e falou dos empréstimos de R$27 bilhões
Tasso Franco , da redação em Salvador | 22/12/2025 às 19:40
Lider da Maioria na ALBA, deputado Rosemberg Pinto (PT) em almoço com jornalistas
Foto: BJÁ
       MIUDINHAS GLOBAIS:
    
    1. Em almoço com os jornalistas credenciados na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 22, na sala da Liderança da Maioria, o líder deputado Rosemberg Pinto (PT) fez uma análise do desempenho do governador Jerônimo Rodrigues nesses 3 anos de governo e disse que o chefe do Executivo tem uma posição melhor do que a apresentada pela pesquisa AtlasIntel que o coloca com nota 5.1 e na 11ª posição entre os governadores brasileiro. Segundo Rosemberg, nas avalições internas do governo, JR está numa posição bem melhor, embora ele não situasse que posição é essa.

   2. Rosemberg entende que a metodologia usada pela AtlasIntel não reflete a realidade nem o que "estamos presenciando na prática, nas andanças que fazemos na capital e no interior, e nas pesquisas tradicionais que realizamos que revelam uma realidade mais aproximada com uma melhor visuação do trabalho do governador e os investimentos sociais do seu governo". Rosemberg, no entanto, não mostrou ou não quis revelar os números das pesquisas internas do governo.

   3. Sobre o fato de ACM Neto pontuar à frente de Jerônimo nas pesquisas de avaliações de votos mesmo JR há 3 anos no governo, Rosemberg disse que "ACM Neto é uma marca" e fez um comparativo coma Coca-Cola (outra marca consolidada) que é consumida ou citada mesmo por quem não goste dela. No entendimento de Rosemberg, a marca ACM Neto tem 30 anos e é reforçada diariamente "por um conglomerado de comunicação falando todo dia dele, com um canal de TV todos os dias insistindo nessa marca, reforçando-a". Mas, ainda segundo Rosemberg, não assusta e o projeto deJerônimo é o de Lula, muito forte, muito poderoso.

    4. "ACM Neto, hoje, ao contrário de quando seu grupo decidiu colocar José Ronaldo, não tem alternativa. Ele tem que ser candidato senão seu grupo será destruido e nós organizamos uma chapa competitiva, com dois ex-governadores ao Senado.

    5. “Estamos falando de uma marca ACM que tem 30 anos, com um conglomerado de comunicação falando todos os dias dessa marca, que entra na casa das pessoas. Qual é, em média, o canal de televisão que mais chega dentro da casa das pessoas? A TV. Então, imagine essa televisão todos os dias solidificando essa marca”, questionou.

   6. O líder governista afirmou ainda que não existe uma estrutura semelhante para fortalecer a imagem do governador Jerônimo Rodrigues (PT). “A percepção inicial é dessa forma. Foi assim também no segundo mandato de Rui Costa. ACM Neto aparecia à frente de Rui nas pesquisas. É a força da marca”, disse.

   7. Segundo Rosemberg, quando as pesquisas passam a analisar aspectos qualitativos e de percepção eleitoral, o cenário tende a mudar. “Aí você começa a perceber crescimento de um lado e queda do outro. É questão de tempo para um ultrapassar o outro”, avaliou.
  
   8. Sobre a chapa puro sangue do PT comentou: " Essa discussão da chapa, ela foi antecipada. E isso trouxe algumas alterações de cenário.Eu não acho que você tem que excluir ninguém. Eu sou muito amigo do senador Angelo Coronel. Conversei bastante com ele há uns três meses atrás sobre essa questão. É legítimo o seu desejo de continuar (na chapa), como é legítimo também o desejo do grupo político de formar uma chapa forte, capaz de enfrentar o grupo liderado por ACM Neto, de maneira a não abrir brechas. Porque eu não acho que a gente tem que escalar o time, certo, desprezando o adversário. Tem que escalar o melhor que nós temos”, ponderou.

   9. Sobre as operações de crédito com o governo do Estado tomando 27 bilhões de reais afirmou que "nao aumentam o nível de endividamento da Bahia e criticou o que classificou como falta de detalhamento técnico por parte da oposição ao tratar do tema. O Estado possui hoje um dos menores índices de comprometimento da capacidade de endividamento entre as unidades da federação.A Bahia tem um comprometimento de 0,33% da sua capacidade de endividamento. A capacidade de endividamento de um Estado é duas vezes o seu orçamento global”, afirmou.

   10. De acordo com Rosemberg, além de baixo, o endividamento da Bahia está em trajetória de queda, devido ao pagamento regular da dívida pública. “Nós estamos pagando corretamente, e há uma perspectiva de diminuição desse endividamento. Não é de aumentar. Se eu estou em trajetória descendente e tomo um empréstimo, eu estou equilibrando, não aumentando o endividamento do Estado. É só fazer a conta”, disse.

  11. O líder governista também explicou uma operação de crédito de cerca de R$ 4 bilhões aprovada recentemente pela ALBA, alvo de críticas da oposição. Segundo ele, a medida não teve como objetivo a entrada de novos recursos no caixa do governo, mas a reestruturação da dívida existente. “Essa operação não era para receber dinheiro novo. Foi uma operação para sair de um endividamento com juros mais altos e prazo menor. Encontramos juros menores, pegamos esse recurso e quitamos uma dívida mais cara, com prazo mais elástico”, afirmou.

  12. Para Rosemberg, trata-se de uma operação financeira vantajosa para o Estado, mas que, segundo ele, vem sendo tratada de forma distorcida pelos adversários políticos. “Na conta da oposição isso aparece como empréstimo, mas não é. É uma operação em que o Estado está ganhando. O problema é que não se entra no detalhamento das coisas”, disse.

  14. O deputado também rejeitou a crítica de que os parlamentares não teriam sido informados adequadamente sobre as operações de crédito votadas na Casa. “Nenhum deputado pode dizer que desconheceu alguma coisa. Eu converso com deputados da oposição e do governo e explico essas questões sempre que sou provocado”, afirmou.

   15, Sobre a ausências de debates envolvendo outros segmentos da socidade além dos servidores públicos, base de 100% dos projetos que tramitam na ALBA, disse que as Assembleias Legislativas tiverem seus papéis reduzidos pela Constituição de 1988.