Pouco antes de libertá-los, o grupo terrorista Hamas orquestrou, na manhã de segunda-feira, chamadas de vídeo entre alguns dos reféns vivos e suas famílias, que aguardavam ansiosamente seu retorno.

As imagens das ligações, nas quais terroristas mascarados podiam ser vistos ao lado dos reféns, foram divulgadas depois que o grupo terrorista concordou em não repetir as cerimônias de propaganda que realizou quando libertou os reféns, conforme acordos anteriores.

Os reféns libertados na segunda-feira pareciam estar usando os mesmos uniformes militares falsos que o Hamas havia obrigado os reféns libertados anteriormente a usar nas cerimônias.

As ligações foram feitas para familiares que já estavam na base militar de Re'im, preparando-se para se reunir com seus entes queridos.

Pelo menos uma família se recusou a atender uma ligação do Hamas, informou o Canal 12.

Em pelo menos um outro caso, um terrorista mascarado pareceu se dirigir aos familiares de um refém, embora seus comentários tenham sido inaudíveis nas imagens.

Julie Kuperstein, mãe do refém Bar Kuperstein, relembrou: “Estávamos no complexo [de Re’im] e, de repente, houve uma chamada perdida. Vi as ‘Brigadas de Al Aqsa’ — liguei de volta e eles me responderam! De repente, vi o Bar!”

“Ele disse: ‘Mãe, está tudo bem! Mãe, está tudo bem!’”, contou ela ao canal de notícias do Canal 12, chorando.

Famílias aliviadas com o estado de saúde dos filhos após clipes de propaganda.

O refém Rom Braslavski, que já havia sido visto em um clipe de propaganda do Hamas, magro e fraco, garantiu à mãe que estava bem em uma videochamada antes de sua libertação.

"Vimos Rom e ficamos animados, e ele estava tão animado, parecia bem, graças a Deus", disse ela ao Canal 12, relembrando a conversa. "Ele sorriu, falou, se levantou sozinho, e eu só estou esperando para vê-lo, só esperando para lhe dar um abraço especial, só para abraçar meu filho."

Silvia Cunio disse que conseguiu ter uma breve conversa com seus filhos reféns, Ariel e David.

"Não consegui ouvir nada, mas os vi, e isso basta", disse ela ao Canal 12, em meio às lágrimas.

Yotam Cohen, irmão do refém Nimrod Cohen, disse que lhe disse que ele está "tão bonito como sempre, que está bem, que nos ama e que só queria nos ver. E que o abraçaremos em um instante".

A mãe de Nimrod, Viki, quase não atendeu a ligação porque não reconheceu o número, informou a mídia hebraica.

Gali, Ziv Berman e Eitan Horn também conversaram com suas famílias por videochamadas.

Imagem do refém Nimrod Cohen em uma videochamada enquanto ainda estava em cativeiro pelo Hamas em 13 de outubro de 2025 (Cortesia)

Ruhama Bohbot, mãe de Elkana Bohbot, conversou com seu filho, que lhe disse: "Está tudo bem, pode relaxar, está tudo bem."