Política

ALBA APROVA PAGAMENTO DE 20% DE ABONO A PROFESSORES E 4ª PRECATÓRIOS

Matéria proposta pelo Poder Executivo recebeu o voto unânime no plenário da Casa
Da Redação ,  Salvador | 17/09/2025 às 19:09
Presidente Ivana Bastos
Foto: Sandra Travassos
A Assembleia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (17), por unanimidade, o pagamento de um abono extraordinário este ano aos profissionais do magistério do ensino básico da rede pública estadual. Trata-se da distribuição de 20% dos recursos oriundos de precatórios judiciais referentes à complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

A proposta do Poder Executivo, que chegou à Assembleia Legislativa na última segunda-feira (15), começou a tramitar sob o número PL 245945 e foi aprovada por acordo firmado entre os líderes do governo, Rosemberg Pinto (PT), e da oposição, Tiago Correia (PSDB). O sentido de urgência se devia, explicou o petista, para que o abono pudesse ser pago na próxima folha de pagamentos dos servidores beneficiados. Embora tenha havido entendimento e unanimidade, o oposicionista criticou a falta de sensibilidade do governador Jerônimo Rodrigues por não aumentar o percentual.

A presidente Ivana Bastos designou o próprio Rosemberg para apresentar parecer oral em plenário. O parlamentar agradeceu pela deferência e ressaltou o papel desempenhado pela deputada Olívia Santana (PC do B), presidente da Comissão de Educação, e dos deputados Zé Raimundo Fontes (PT) e Fabíola Mansur (PSB), nas negociações que viabilizaram o acordo entre os setores do governo e representantes das categorias de professores.

“Trata-se de matéria de relevante interesse público, na medida em que se destina a beneficiar esta que é indubitavelmente uma das mais importantes categorias de servidores públicos”, votou Rosemberg. A proposição recebeu duas emendas, de autoria de Hilton Coelho (Psol), que aumentava o percentual para 40%, e da bancada da minoria, firmada primeiramente por Tiago, majorando o mesmo índice para 30%. Ele rejeitou as duas, argumentando que ambas eram inconstitucionais por representar aumento de despesa em matéria de iniciativa privada do governador.

O líder da minoria ocupou a tribuna para encaminhar o voto de sua bancada e lamentou o que classificou de falta de sensibilidade ao não aceitar aumentar o percentual para 30%, seguindo a mesma lógica adotada para o pagamento dos precatórios de 2023 e 2024.