O parlamentar apelou para que a colega mude a postura dentro da Casa.
“A deputada não aguentou a divergência de ideias, que é a essência do Parlamento, o contraponto que faz à democracia. Mas eles desconhecem o que é a democracia, já que são fãs da ditadura. Para mim, esta atitude abre um precedente perigoso pois é um ensaio para a ditadura”, argumentou Castro.
O parlamentar apelou para que a colega mude a postura dentro da Casa. “Deputada, tire esse ódio do seu coração. Aprenda a viver no Parlamento. A senhora é uma deputada que conhece essa Casa mais do que eu. Deveria dar exemplo e não estar tentando calar um deputado no tapetão. Eu peço que a senhora deixe esse ódio e venha para o debate”, concluiu.
O QUE ACONTECEU EM 6 DE AGOSTO
A deputada estadual Olivia Santana (PCdoB) anunciou que vai "abrir um processo de violência política" contra o deputado Diego Castros (PL) por ataques sistemáticos a sua pessoa no plenário da Assembleia, "ele ataca Lula e Jerônimo, mas, no plenário, ele sempre me escolheu e não sou eu quem vai responder e sim a justiça".
A motivação de Olivia aconteceu a partir de um embate, ontem, no plenário da Casa, quando deputado, mais uma vez, criticou PL da deputada que, segundo ela, responsabiliza o estado na reparação e assistência a vítimas de ações policiais. Para o deputado Diego Castro, trata-se de PL que beneficia a bandidagem.
Nas redes sociais, o deputado Castro publicou um vídeo no qual diz que a "caça as bruxas nacional que atinge Bolsonaro chegou à Bahia" e soube que a "deputada comunista quer me processar por violência". O que a comunista deseja, segundo o deputado, "é calar a minha voz na casa do povo, na casa do contraditório, e tirar a voz dos conservadores para que apenas uma ideologia prevaleça".
Durante o bate-boca no plenário, Diego Castro questionou a proposta: “O projeto que eu apelidei de Bolsa Família do Crime, de autoria da deputada Olívia Santana, quer pegar recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza para premiar criminosos. Está previsto no artigo 6º a destinação de, no mínimo, 5% desse fundo. É uma proposta que, em vez de proteger o cidadão de bem, prestigia a vagabundagem”.
Olívia, presente no plenário, reagiu e acusou o parlamentar de espalhar mentiras e usar fake news como estratégia política e atacá-la sistematicamente, o que teve o apoio do deputado Rosemberg Pinto, lider do governo, e da vice-presidente da Casa, Fátima Nunes (PT). A presidente Ivana Bastos (PP) interveio e pediu moderação, mas, o clima seguiu tenso até que se acalmou.
