Política

DEPUTADO EDUARDO BOLSONARO VAI RENUNCIAR AO MANDATO E SEGUIR NOS EUA

A bancada da oposição na CMS emite nova sobre o tarifaço de Trump e fala em soberania nacional intocável
Tasso Franco , da redação em Salvador | 14/07/2025 às 18:58
Eduardo Bolsonaro
Foto: Agência Câmara
MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. Informaçõpes do Estadão dão conta que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) vai renunciar o mandato e continuar vivendo nos EUA. Teme, ao que revelou, se voltar ao Brasil ser preso por ordem de Alexandre de Moraes.

   2.  Caso renuncie do mandato de deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abrirá mão de R$ 46.366,19 de salário mensal. O político ainda perde até R$ 42.837,33 mensais de cota parlamentar, R$ 4.148,80 por mês de auxílio moradia e reembolsos de gastos com saúde que podem chegar a até R$ 135,4 mil.

   3. Como deputado ele ainda tem direito a R$ 133,2 mil por mês para pagar o salário de 25 secretários parlamentares e indicar R$ 37,8 milhões anuais em emendas parlamentares ao Orçamento.

  4. Há mais vantagens que Eduardo poderá perder. Como parlamentar, ele não pode ser preso, ao menos que em flagrante de crime inafiançável e com o aval do plenário da Casa e é inviolável civil ou penalmente por qualquer opinião ou voto. Deputados também têm direito a foro privilegiado e só podem ser julgados no Supremo Tribunal Federal por crimes cometidos no exercício do mandato. Sem esse direito, os processos tramitam na primeira instância do Judiciário.

  5. A Coluna do Estadão revelou mais cedo que Eduardo pretende permanecer nos Estados Unidos e cogita a renúncia caso não consiga uma nova licença - algo que o regimento interno da Câmara dos Deputados proíbe. Neste ano, Eduardo gastou R$ 68 mil com cota parlamentar e indicou R$ 3,7 milhões em emendas individuai
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  6. O TARIFAÇO DE TRUMPO: Duas reuniões com o setor produtivo para tratar da crise provocada pela taxa de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foram marcadas para esta terça-feira (15), praticamente no mesmo momento, segundo G'.

  7. De um lado, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, convocou uma reunião em Brasília, marcada para as 10h, na sede do ministério. Do outro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, agendou um encontro às 9h30 no Palácio dos Bandeirantes, também com foco no impacto da medida norte-americana.

  8. A crise foi deflagrada após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos do Brasil, gerando forte reação da indústria nacional.

  7. Questionado sobre a existência das duas reuniões, Alckmin disse não ver problema no conflito de agendas, mas afirmou que não foi procurado por Tarcísio. "Não vejo nenhum problema que haja reunião. Importante destacar que nós já vínhamos fazendo diálogo", disse Alckmin durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (14).

  8. Além da reunião às 10h em Brasília, o ministério também terá uma segunda rodada de conversas, às 14h. Para a primeira reunião, estão convidados setores mais afetados pela nova tarifa, como os de:

Aviões
Aço
Alumínio
Celulose
Máquinas
Calçados
Móveis
Autopeças
A segunda reunião reunirá exportadores do agronegócio. Foram chamados representantes dos setores de:

Suco de laranja
Carne
Frutas
Mel
Couro
Pescado
  
  9. NOTA DA BANCADA DA OPOSIÇÃO NA CMS: O anúncio do presidente norte-americano Donald Trump, em tom ameaçador, de que a partir do dia 1º de agosto imporá tarifa de 50% às exportações brasileiras, é uma ingerência escancarada contra a soberania nacional. 

  10. Uma chantagem inadmissível, que vai prejudicar o setor produtivo brasileiro, já que os Estados Unidos importam muitos produtos do Brasil. Não só o agro (café, laranja, pescado e carne, sobretudo) está em alerta máximo, inclusive no Nordeste, mas também o setor siderúrgico, que exporta aço e alumínio, já com altas tarifas, para o mercado americano. O desemprego nestes setores será inevitável.

   11. Não podemos nos calar neste momento de interferência na nossa política interna e na independência entre os poderes, conceito inegociável da nossa democracia, previsto na Constituição Brasileira. Repudiamos o emprego político da tarifação, de forma unilateral, e nos solidarizamos com o presidente Lula quando diz que "não aceitará ser tutelado", admitindo a possibilidade de adotar a Lei da Reciprocidade Econômica.

   12. Assinam a nota: 

Aladilce Souza (PCdoB), líder da Bancada da Oposição

Sílvio Humberto (PSB)

Marta Rodrigues (PT)

Hélio Ferreira (PCdoB)

Davi Rios (MDB)

Eliete Paraguassú (PSOL)

Hamilton Assim (PSOL)

João Cláudio Bacelar (Podemos)

Randerson Leal (Podemos)

Felipe Santana (PSD)
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  13. A segurança do paciente em unidades de saúde é um investimento. A afirmação foi do subsecretário da Saúde do Estado (Sesab), Paulo Barbosa, na manhã desta segunda-feira (14), na abertura da Oficina do Projeto NEGESP (Núcleo Estadual de Gestão e Estratégia da Segurança do Paciente), evento que prossegue até a terça-feira (15), no auditório da Sesab.

  14. Conforme o subsecretário, o Sistema Público de Saúde (SUS) passou por mudanças e hoje seu orçamento é afetado por uma série de processos indenizatórios, seja por sequelas decorrentes de eventos adversos ou por falhas na segurança do paciente. “É preciso ter a cultura da segurança do paciente e essa é a grande missão da Oficina. Evento adverso é desperdício de recursos que já são escassos”, avaliou, destacando a necessidade de investir na segurança.

  15. Destacando que a Bahia é 18º estado do país a implantar o NEGESP, a assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e coordenadora da Câmara Técnica de Qualidade e Segurança do Paciente, Carla Ulhoa, afirmou que a Sesab vai construir o núcleo “ levando em conta a realidade do estado”.

  16. Presente no evento, a superintendente de Vigilância da Sesab, Rívia Barros, lembrou que há quase 20 anos a Organização Mundial  da Saúde (OMS) estabelece metas para a segurança do paciente e salientou que quando se fala em segurança do paciente há que se pensar em vários aspectos, desde o motorista da ambulância até o médico.

  17. A titular da Suvisa revelou ainda que a Sesab já possui núcleos atuando na segurança dos pacientes e que o trabalho começou nas unidades hospitalares, onde é maior o risco.Ela pontuou ainda que 80% dos problemas de saúde poderiam ser tratados na atenção básica.

  18. Dados da OMS apontam que países em desenvolvimento têm duas vezes mais risco de eventos adversos na atenção básica. Outro dado revelado por Rívia Barros foi relacionado aos Estados Unidos, onde cerca de 89 bilhões de dólares são gastos por erros no diagnóstico, outro fator que interfere negativamente na segurança do paciente.

   19. O superintende da Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde, Luiz Henrique D’Utra, por sua vez, disse que a SAFTEC precisa estar envolvida com o tema e adiantou que existe o plano de implementar farmácia clínica em todos os hospitais da rede, minimizando riscos para os pacientes. “É necessário também observar que o erro médico é a 3ª causa de óbito no mundo”, concluiu.              
               
  20. A Oficina prossegue até a tarde de terça-feira (15), enfocando temas como o diagnóstico situacional da Secretaria para a segurança do paciente; como estruturar o Núcleo Estadual de Gestão da Segurança do Paciente, e ferramentas de gestão da qualidade. Ao final do encontro, será elaborado o Plano de Ações do NEGESP, a ser pactuado com a Sesab.