Política

POR QUE A BAHIA É TÃO ATRASADA? HÁ 2 GOVERNOS:O DA PROPAGANDA E O REAL

OPOSIÇÃO destaca que são 20 anos de desgoverno do PT
Tasso Franco , da redação em Salvador | 30/05/2025 às 13:26
Há dois governos na Bahia: "O da propaganda (fantasiosa) e o real"
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    Por que a Bahia é tão atrasada? A resposta parece óbvia: tem 20 anos sob o comando do PT e seus dirigentes não têm um projeto de desenvolvimento do estado e atuam com programas de assistência social - construção de hospitais, escolas, fortalecimento da agricultura familiar, etc - e não existe em andamento algum projeto de porte organizado em torno de sua macro-economia, salvo as iniciativas isoladas do agronegócio no Oeste.

  Os projetos estruturantes como a Fiol-Porto Sul e mais a ponte Salvador-Itaparica, o pólo do agronegócio do São Francisco lançado ainda na época de João Leão vice-governador se arrastam, a linha de montagem da BYD em Camaçari ainda é uma incógnita, o Pólo Petroquímico deu uma redimensionada e a Bahia não consegue avançar como se esperava.

  O deputado estadual Robinho (UB) tem feito críticas ao governo no plenário da Assembleia dizendo que há dois governos no estado: o da propaganda, irreal, fantasioso; e o da realidade. E o líder da oposição no estado, ACM Neto, tem falado com frequência sobre a violência e a ação das facções do crime organizado.

  O governo Jerônimo Rodrigues, de fato, não está paralisado. O governador anda muito pelo interior mas suas ações são politizadas com anúncios de obras municipais e entregas de viaturas e outros.

  Agora, esteve recentemente na China, porém, os resultados de sua viagem não foram dos melhores. Pelo menos não anunciou nada de novo. E quanto ao combate as facções e ao crime organizado há um esforço enorme das forças de segurança, sem dúvida. 

  A Bahia não avança em qualidade de vida como o visto e anunciado pelo IPS, ontem. É assustador. Não temos nenhuma cidade com alguma excelência no Brasil e os espelhos que são Salvador e Feira de Santana estão em baixa.

  Salvador tem uma pobreza endêmica. Temos falado isso com frequência e não é de agora e vem desde o período colonial, atravessou dois impérios, duas repúblicas, duas ditaduras e ninguém resolve. Nem vai resolver. 

  A cidade é um gueto com 1.600.000 de pessoas em baixa renda com qualificação profissional mediana. Um programa de porte nessa direção para requalificar esse pessoal custaria bilhões e não existe nem se fala nele. 

  Então, cada governo faz o que pode ali e acolá, tanto na capital quanto no interior e vamos ficando para trás. Essa é a nossa realidade ainda que haja ações públicas e privadas de excelência em alguns pontos e cidade. No geral, no entanto, esse é o quadro: de atraso. (TF)