Tumulto generalizado na Assembleia na tarde desta terça-feira, 27, em manifestação pacifica sem depredações e sem agressões, mas de muita gritaria
Tasso Franco , Salvador |
27/05/2025 às 16:55
Servidores impediram a realização da sessão ordinária nesta terça
Foto: BJÁ
O saguão Nestor Duarte e o plenário deputado Orlando Spínola da Assembleia Legislativa da Bahia foram invadidos na tarde desta terça-feira, 27, por servidores do Poder Judiciário vinculados ao SINTAJ usando camisas pretas com dizer "GREVE" e impediram a realização da sessão ordinária exigindo a aprovação do Projeto de Lei do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCVV) que tramita ns Casa e tem na relatoria o deputado Vitor Bonfim, porém, nunca é analisado e aprovado.
Foi um tumulto geral e falta de aviso à Mesa Diretora não foi porque desde cedo os sindicalistas se manifestaram no pátio portando bandeiras e gritando palavras de ordem.
Após a invasão (vide video na home) e cercados pelos agentes de segurança da Casa e mais prepostos da PM os sindicalistas sentaram no chão do corredor do plenário e lá ficaram. Deu-se um tumulto generalizado, a área da imprensa onde trabalham os jornalistas foi fechada, a área do cafezinha trancada e a presidente Ivana Bastos (PSD) foi ao plenário tentar negociar uma retirada dos sindicalistas, porém, não conseguiu.
Por falta de segurança não houve sessão e estabeleceu-se que uma comissão do SINTAJ se reunirá com o relator da matéria e com o deputado Hilton Coelho (PSOL), nomeado representante da categoria, para negociar pontos pendentes no PL e sua possível aprovação.
Quem também tentou negociar com os sindicalistas foi o deputado Samuel Jr (Republicanos) e secretário da Mesa, porém, sem êxito. Os sindicalistas só sairam do plenário acompanhados do deputado Hilton Coelho (PSOL) depois que os demais deputados deixaram o plenário.
Aos jornalistas, Samuel Júnior (Republicanos), afirmou que houve uma tentativa frustrada de diálogo entre a presidente Ivana Bastos e os manifestantes. Ele classificou o episódio como “falta de respeito”.
“Não sei exatamente o sindicato, me parece que são dois sindicatos que invadiram o plenário. Tentamos conversar com eles para que desocupasse o plenário para que os deputados iniciassem o trabalho, mas infelizmente eles insistiram em ficar. Isso é uma verdadeira falta de respeito”, destacou.
Samuel Júnior também fez uma alusão à invasão de manifestantes da Saúde e da Educação, na semana passada, ao Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador.
“Imagine se todas as categorias ou todos os sindicatos que em algum momento estiverem reivindicando alguma coisa ou buscando sua melhoria, que é legítima, eles resolveram invadir, ou seja, o plenário da Assembleia? Ou das Câmaras de Vereadores, onde é que nós vamos parar com isso? Onde é que está a segurança dos parlamentares?”, indagou.
Além da reformulação do plano de cargos e salários, a categoria cobra as perdas inflacionárias que, segundo os manifestantes, já ultrapassam 53%, ou seja, de quase uma década sem reajustes.