A fala de Coronel teve grande repercussão no meio politico baiano
Tasso Franco , da redação em Salvador |
23/04/2025 às 18:52
Angelo Coronel dá sinais de rompimento
Foto: Ag Senado
Em entrevista recente a rádio 95 FM, de Jequié, o senador Angelo Coronel (PSD) criticou o possível do projeto do PT de Bahia de ocupar todas as vagas da chapa majoritária, em 2026, com Jerônio Rodrigues, candidato à reeleição de governador, Jaques Wagner e Rui Costa ao Senado. C comparou a postura do partido ao nazismo, ironizando a ideia de “raça pura” ao falar da exclusão de aliados.
“Antigamente, os alemães, os nazistas, Hitler queria sempre manter uma raça pura. É inadmissível o PT querer preencher três das quatro vagas”.
Além de classificar o governo Jerônimo como uma gestão sem força — “não é essa Coca-Cola toda” — Coronel foi além: avisou que, caso o PSD seja rifado da chapa, a aliança com o PT pode acabar. Ele ainda mandou recado direto: “Vamos sentar com o diretório estadual e nacional para ver qual o rumo que vamos tomar”.
A fala ecoa nos bastidores da política baiana, onde a oposição já trata Coronel como potencial reforço para 2026.
O “governo” Jerônimo é alvo de críticas generalizadas. A Bahia segue liderando o ranking de homicídios no país, com 6.659 assassinatos registrados apenas em 2023, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A aliança que sustentou o PT por duas décadas começa a mostrar sinais de fratura exposta, e a movimentação de Coronel pode ser o estopim para um realinhamento histórico na política local.
No cenário atual, onde o PT tenta se manter à força, a ruptura pode ser questão de tempo e o PSD, com Coronel na linha de frente, já estuda novos caminhos.