O líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Tiago Correia (PSDB), afirmou que a chegada da Força Nacional ao Extremo Sul da Bahia, autorizada pelo Ministério da Justiça, “é um atestado do fracasso da política de segurança do governador Jerônimo Rodrigues” e confirma que o Estado perdeu a luta contra a violência.

Apesar de reconhecer a importância do reforço federal para conter os conflitos fundiários e a escalada da criminalidade na região, o parlamentar avalia que a medida simboliza uma intervenção nacional na segurança pública da Bahia.

“Infelizmente, o governador Jerônimo tem mostrado dificuldades em oferecer respostas eficazes aos problemas da violência em nosso estado. A presença da Força Nacional é a prova maior disso. É, sim, uma intervenção nacional na segurança pública da Bahia. Eles sempre negaram que isso fosse acontecer, mas está aí: aconteceu. E só aconteceu porque o governo perdeu a luta contra a violência”, disse Tiago Correia.

Com base política no Extremo Sul, o deputado vem alertando há meses sobre o agravamento da situação na região. Ele protocolou ofícios ao governador, ao secretário de Segurança Pública, ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal pedindo atenção total às invasões de terras e aos conflitos que envolvem trabalhadores rurais, produtores e movimentos sociais.

“O que estamos vendo hoje é o resultado de uma omissão contínua. Venho denunciando, cobrando providências, mas o governo simplesmente ignorou. Agora, o problema saiu do controle e precisaram recorrer à Força Nacional. O povo do Extremo Sul merece respeito e segurança, não esse abandono”, afirmou.

A Força Nacional começou a atuar na região após autorização do governo federal, diante da tensão crescente em municípios como Prado, Teixeira de Freitas e Alcobaça

FN AINDA NÃO CHEGOU

O Governo Federal informou que vai enviar equipes da Força Nacional de Segurança Pública para o extremo sul do estado, para reforçar a segurança em áreas de conflitos entre indígenas e fazendeiros. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17), dois dias antes da data em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas. Os locais para onde as equipes serão enviadas não foram especificados.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que ainda não houve a publicação da Portaria que regulamenta a operação. Assim que essa etapa for concluída, serão definidos os detalhes operacionais, incluindo datas, prazos e o efetivo a ser empregado na missão.