Política

O CASO ADOLFO E DESDOBRAMENTOS NO CAMPO DA POLITICA, por TASSO FRANCO

Vamos ver o que Adolfo falará na segunda feira sobre os apoios a sua campanha e os possíveis acordos
Tasso Franco , da redação em Salvador | 09/03/2025 às 11:45
Deputado Adolfo Menezes com apoio de Jerônimo e Otto
Foto: ALBA
     O caso deputado Adolfo Menezes (PSD) afastado defintivamente da presidência da Assembleia Legislagiva da Bahia por decisão da 2ª Turma do STF está encerrado do ponto de vista jurídico com o acórdão ezarado pelo relator ministro Gilmar Mendes, na última sexta feira, 7, utilizando o termo afastamento "definitivo" em processo movido pelo deputado Hilton Coelho (PSOL).

   Adolfo, por enquanto, arcou com o desgaste maior desse episódio, mas, ainda não se sabe se ele ficará calado ou vai cobrar a "fatura" politica do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente do seu partido, senador Otto Alencar (PSD), uma vez que, ambos e explicitamente, apoiaram a candidatura ilegal de Adolfo e divulgaram de público. 

  E, mais sontomativo ainda, Adolfo teve 61 votos na reeleição e só quem não votou nele foi Hilton Coelho (PSOL), por conviccção, e o deputado Mateus Ferreira (MDB) filho do vice-governador Geraldo Jr o qual não compareceu a sessão do último dia 3 de fevereiro.

   A atual presidente Ivana Bastos (PSD) apoiou e votou em Adolfo e a bancada da Oposição mandou até fotos para a imprensa dizendo que apoiava e votaria em Adoldo, como votou. 

   Analisando a questão do ponto de vista ético foi um erro coletivo de toda base governista e da oposição e não só de Adolfo. Nesse ponto se concentra a questão essencial, pós-episódio, a partir do decorrer desta segunda feira, 10, se Adolfo vai contar o que aconteceu, as conversas que teve com Jerônimo e Otto, os possiveis acordos (na época chegou a se falar e divulgar que haveria acordos para convocar novas eleições, etc) ou se ele vai ficar calado e pagar o pato sozinho. 

   Ora, se a reeleição todo sabia que era ilegal e ele seria destituido do cargo, e Adolfo deu declarações nessa direção - que já se sabia de antemão que não se sustentaria no cargo por decisão do STF - quais foram os argumentos usados pelos lideres maiores para convencer Adolfo a ir para o sacrificio e se candidatar à reeleição em 3º mandato?

   Quem conhece Adolfo, como eu conheço desde os tempos em que era um simples deputado e mesmo na base governista, eventualmente, criticava o governo na tribuna do plenário sobretudo em relação a Segurança e a economia, sabe que o deputado tem pafio curto, é destemido e fala o que pensa.

    Portanto, o episódio Adolfo no campo jurídico está sepultado uma vez que não tem mais instâncias a recorrer. Agora, no plano politico ainda poderá ter desdobramentos. (TF)