Política

LULA PARTICIPA DE COMÍCIO EM CAMAÇARI E FAZ NOVO APELO AOS EVANGÉLICOS

COM g1 INFORMAÇÕES
Tasso Franco , Salvador | 18/10/2024 às 10:39
Lula na bandeirada em Camaçari
Foto: DIV
   O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um novo aceno ao eleitorado cristão, durante evento de campanha na Bahia, nesta quinta-feira (17) e afirmou que "ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo".

A fala de Lula ocorreu durante um comício em Camaçari ao lado do ex-prefeito Luiz Caetano, do PT, que disputa o segundo turno com o candidato Flávio (União).

O pronunciamento também ocorre três dias depois do presidente ter recebido políticos evangélicos no Palácio do Planalto para sancionar a lei que estabelece a data 9 de junho como Dia da Música Gospel.

"Eu fico muito orgulhoso de ver o Caetano arrumar uma vice, uma mulher negra, uma pastora. Não tem nada mais extraordinário do que essa união de dois partidos de esquerda. A gente não tem medo de dizer que a gente é de esquerda porque ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo. Ninguém", disse.

Logo no início do discurso, Lula também citou a religião para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao defender que "ele não acredita em Deus".

"A gente não pode cometer o erro de 2018, quando ao invés de votar no companheiro com a qualidade do [Fernando] Haddad, votou numa coisa, votou numa coisa que ninguém conhecia a não ser por contar mentira e pregar o ódio. Inventou ate que é evangélico. Ele não acredita em Deus e não acredita em Deus porque o comportamento dele é de quem não acredita".

Nos últimos dias, o presidente tem intensificado os gestos em direção ao eleitorado evangélico na tentativa de conquistar um segmento que, de acordo com as pesquisas eleitorais, demonstra preferência por Bolsonaro.

Pesquisa divulgada pela Quaest, em 2 de outubro, aponta que a reprovação de Lula subiu entre os católicos e está no maior patamar desde o início do governo.

A aprovação oscilou seis pontos para baixo, no limite da margem de erro, e foi a 54%, o menor patamar.

No eleitorado evangélico, houve uma inversão na tendência de melhora que vinha desde maio: a aprovação passou a oscilar para baixo, e foi a 41%. A reprovação, para cima, e foi a 55%