Horas após o anúncio do assassinato de Sinwar, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a guerra não irá cessar até a libertação dos reféns que ainda estão sob domínio do Hamas. Na Faixa de Gaza
Da Redação , Salvador |
17/10/2024 às 18:49
Yahya Sinwar
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O Exército de Israel afirmou nesta quinta-feira (17) ter matado Yahya Sinwar, líder do Hamas apontado como arquiteto dos ataques de 7 de outubro de 2023 que deixaram 1.200 mortos e fizeram 250 reféns. A data marcou o início do conflito entre o grupo extremista e Israel.
Segundo as forças israelenses, Sinwar foi assassinado durante um confronto terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Israel alegou ter feito testes de DNA para atestar a identidade do líder do grupo extremista. O Hamas não confirmou a morte.
“Sinwar foi eliminado após um ano em que se escondeu no coração da população civil em Gaza, e em esconderijos subterrâneos nos túneis do Hamas. Dezenas de ações realizadas pelas FDI e pelo Shin Bet [serviço secreto israelense] no último ano, e nas últimas semanas na área onde foi morto, reduziram a área de atividade de Yahya Sinwar, que foi perseguido pelas forças”
Nascido e criado na Faixa de Gaza, Sinwar assumiu o posto de número um do grupo extremista em agosto, aos 61 anos, após o assassinato de Ismail Haniyeh, também morto por Israel durante um ataque em Teerã, capital do Irã. À época, a investida em território iraniano abriu uma nova frente de crise no Oriente Médio, como contou o Durma com Essa.
Conforme relembrou o jornal americano The New York Times, Sinwar ficou preso em Israel por 23 anos, tendo sido solto em 2011 quando houve a troca de prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado pelo Hamas em 2006. Foi a partir de registros do DNA do palestino que Israel disse ter confirmado sua identidade.
Horas após o anúncio do assassinato de Sinwar, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a guerra não irá cessar até a libertação dos reféns que ainda estão sob domínio do Hamas. Na Faixa de Gaza, o conflito já deixou mais de 42 mil mortos, como lembrou o jornal britânico The Guardian.