Política

NA AUSÊNCIA DE LULA, O PAPEL GLESI HOFFMANN NA CAMPANHA DA BAHIA (TF)

A presidente nacional do PT, em tese, dá uma força ao governador Jerônimo para justificar a a ausência de Lula
Tasso Franco , Salvador | 03/10/2024 às 10:17
Glessi Hoffmann em Camaçari
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    Certamente a ideia não foi do presidente Lula da Silva em enviar para a Bahia a Glesi Hofmann, presidente nacional do PT, com a finalidade de dar um reforço a candidtos do PT em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari e Lauro de Freitas diante do desconhecimento que os eleitores desses municípios têm da dirigente petista. 

    Exponho essa afirmativa porque Lula conhece de politica e já comentamos ontem, neste espaço, que a presença dele faz uma diferença enorme e ajuda, sim, quaisquer candidatos petistas.

     O mesmo não se pode dizer de Glesi, uma ilustre desconhecida do povo, salvo dos militantes do petismo e pessoas mais esclarecidas da sociedade. 

    Então, o efeito de suas visitas junto as direções partidárias, a elite do petismo, tem uma simbologia importante, porém, quando se analisa sua influência junto as classes menos favorecidas da população esta não existe. Pode-se, portanto, auferir que suas visitas representaram atos emblemáticos junto as direções partidárias. Mas, não moveu a montanha nem alterou o embate que vem se travando nesses municípios.

    Em Salvador, a dirigente não se arriscou a aparecer junto ao candidato da base governista, Geraldo Jr, que tem na vice a secretária Fabya Reis, titular da Sepromi licenciada e integrante da chapa para dar um viés de esquerda ao cabeça GJ. 

    Se nos 4 municípios que visitou a influência de Glesi junto ao eleitorado é zero, em Salvador, se se arriscasse seria - zero.

     Nos 4 municípios em tele - Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari e Lauro de Freitas - o que tem prevalecido, na real, é a atuação dos nomes apresentados pelo petismo, em Feira, o deputado federal Zé Neto, bastante conhecido porque já disputou várias eleições para deputado e tentando ser prefeito, aguerrido, insistente; em Vitória da Conquista, o deputado federal Waldenor Pereira, ex-lider do governo Wagner na Assembleia, atuante, e que tem sua base maior em Conquista e agora põe seu nome na majoritária; em Camaçari, o veterano e ex-prefeito Luis Caetano, também bastante conhecido e que tem uma trajetória político no município de sucesso; e em Lauro de Freitas, Antônio Rosalvo Baptista Neto, candidato da prefeita Moema Gramacho, e que não tem uma raiz petista tal os outros três.

     Vê-se, pois, que a presença de Glesi Hofmann nesses municípios não altera em nada o movimento eleitoral, não anima militância petista como se apregoa porque essa não existe mais como nos tempos idos, os condutores de bandeiras e placas são remunerados como nos demais partidos, e as campanhas dependem na essência dos próprios candidatos e dos seus desempenhos com discursos e propostas. 

     Na ausência de Lula, presenças de Rui Costa, Jaques Wagner e do governador Jerônimo, sem dúvida, tem um maior peso. E se forem juntos - o que tem sido raro nessa campanha - um peso maior ainda. O senador Otto Alencar só pesa nos municípios em que há predominância do PSD, um pouco em Feira; pouquinho menos em Camaçari. O senador Angelo Coronel, ao que se diz, por problemas de saúde, está afastado das campanhas ou ao menos não vemos ele, delegando ações aos filhos.

     Esse nos parece o quadro na relação Glesi Hoffmann na campanha da Bahia. Tem sentido emblemático para as direções partidárias, dá também uma ideia de que o PT nacional se alinha e dá força ao governdor Jerônimo Rodrigues e "limpa a barra" de Lula que, pelo menos até está quinta-feira, 3, não deu sinais de que pretende vir a Bahia, pelo menos no primeiro turno. No mais, não alterou em nada o andamento das campanhas as mais acirradas do estado. (TF)