Com IMLebanon e Le Monde
Tasso Franco , Salvador |
18/09/2024 às 14:26
Carro explode em universidade do Libano
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Nove mortos e mais de 300 feridos na nova onda de explosões de aparelhos de comunicação, segundo novo relatório do Ministério da Saúde. De acordo com um novo relatório do centro de operações de emergência do Ministério da Saúde libanês, a nova onda de explosões que afetou dispositivos sem fio deixou nove mortos e mais de 300 feridos.
“Estamos no início de uma nova fase desta guerra”, declarou Yoav Gallant, o ministro da Defesa israelita, anunciando uma reorientação das forças para a fronteira libanesa.
O general Herzi Halevi, comandante do exército israelita, aprovou “planos de ataque e defesa” para o norte do estado hebreu, informa o Estado-Maior num comunicado de imprensa, sem especificar nem a natureza nem o calendário.
“Estamos muito determinados a criar as condições seguras que permitirão aos residentes regressar a casa (…) com um elevado grau de segurança, e estamos prontos para realmente fazer o que for preciso”, prometeu, durante uma avaliação da situação do Comando Norte. .
“Temos muitas capacidades que ainda não exploramos”, continuou o oficial, acrescentando que em cada fase do plano de ação militar, o Hezbollah teve de pagar “um preço elevado”.
MAIS GUERRA À VISTA
Criados na Segunda Guerra Mundial, os "walkie-talkies" são dispositivos de troca de mensagens de voz entre si via ondas de rádio.
A agência de notícias Associated Press afirmou que vários sistemas de energia solar de casas em Beirute também explodiram e que alguns "walkie-talkies" foram detonados durante funerais de vítimas do ataque aos pagers na terça-feira.
Houve relatos de dezenas de pequenas explosões pela capital libanesa, e várias imagens feitas pela cidade nesta manhã mostram focos de incêndio e "walkie-talkies" detonados .
O caso, o segundo similar em 24 horas, aumentou as tensões na região e repercutiu na Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, condenou o uso de 'objetos civis' como arma de guerra, e o governo libanês pediu uma reunião no Conselho de Segurança, que será realizada na sexta-feira (20).
Líbano, Irã e Hezbollah acusaram Israel, que ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Após o caso, no entanto, o Ministério da Defesa de Israel afirmou que o foco da guerra está mudando para o norte do país (que faz fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua), segundo a imprensa local.