Política

ALBA COMEMORA CENTENÁRIO DE BATATINHA A PEDIDO DE FABÍOLA MANSUR

ACONTECE NA QUINTA-FEIRA, 29, 15HS
OS , Salvador | 27/08/2024 às 19:04
Quinta-feira, 29, 15hs
Foto: DIV


Quinta-feira, dia 29, uma sessão especial no Plenário da Casa, às 15h, vai celebrar o centenário de nascimento de Seu Oscar da Penha, o Batatinha, uma proposição da deputada Fabíola Mansur (PSB).

No dia 5 de agosto de 2024, Oscar da Penha faria 100 anos. Ele nasceu no ano de 1924. Muitos afirmam que Batatinha nasceu em Salvador, mas ele mesmo diz o lugar na canção ‘Nazaré das Farinhas’:
"Oi, Nazaré, que saudade que eu tenho de ti. Dessa terra abençoada, pedaço onde eu nasci".

Conhecido na música popular brasileira, e em todos os cantos por onde caminhou, como Batatinha, o mestre nos deixou em 3 de janeiro de 1997.

Batatinha fez parte da galeria reservada aos imensos. Amigo e parceiro dos compositores Riachão, Panela, Edil Pacheco e Ederaldo Gentil, com os quais formou o quinteto sagrado do samba, Seu Oscar nunca conseguiu viver de música. Gráfico por profissão, trabalhou, até se aposentar, nas linotipos do Diário de Notícias.

No início dos anos 40, o compositor ainda era apenas Oscar, office-boy (depois tornou-se linotipista) do Diário de Notícias, órgão dos Diários Associados. Nessa época, chegou a Salvador o grande jornalista, escritor e compositor Antonio Maria, para dirigir a Rádio Sociedade da Bahia.

Batatinha procurou Antonio Maria e apresentou a ele o seu primeiro samba: Inventor do trabalho (“O tal que inventou o trabalho/Só pode ter uma cabeça oca/Pra conceber essa idéia louca”). Começou então a se apresentar na Rádio Sociedade, no programa Campeonato do Samba.

Batatinha fez marchas, músicas para o carnaval, sambas de roda, samba-canção, sozinho ou com os parceiros mais variados.

O apelido foi dado por Antonio Maria, na apresentação para o programa: “Com vocês, Oscar da Penha, o Batatinha”. Depois explicou: “Fica todo mundo te chamando de Vassourinha, por causa do samba. Vassourinha é lá em São Paulo, rapaz. Aqui temos o Batatinha”. E ficou, para sempre.

Batatinha teve suas músicas gravadas por Jamelão, Nora Ney, Tião Motorista, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Chico Buarque, Jussara Silveira e tantos e tantos outros grandes da nossa música.

“A Bahia é um celeiro de artistas ilustres, alguns com suas obras reconhecidas no mundo inteiro. Mas é fundamental que nunca se esqueça de Batatinha, um poeta popular de muita nobreza, que fez seu roteiro de vida entre a Baixa do Sapateiro, Barroquinha, Saúde, Rua das Flores e Pelourinho, em Salvador. A obra magistral que mestre Batata produziu é incalculável”, afirmou Fabíola Mansur, proponente da homenagem.

Para Fabíola, “é uma honra homenagear o grande compositor baiano Batatinha na Casa do Povo. Todos os vivas e aplausos de pé para esse mestre que embelezou nossa Bahia”.