Victor Marinho, candidato a prefeito de Salvador pelo PSTU, em debate realizado ontem (22), no Espaço de Cultura da Câmara Municipal, apresentou propostas para combater a violência contra às mulheres na capital baiana.
Da Redação , Salvador |
24/08/2024 às 19:40
Victor Marinho candidato do PSTU
Foto: DIV
“Salvador é uma cidade feminina. 54,4% dos moradores de Salvador são mulheres, mostra o IBGE. É o segundo município mais feminino do Brasil, perdendo apenas para cidade de Santos, no litoral paulista. Mas aqui a violência de gênero é grande. Segundo os dados do Tribunal de Justiça da Bahia, só este ano, até o dia 25 de julho, foram 4.114 medidas protetivas solicitadas, das quais 3.182 foram concedidas. A Rede de Observatórios da Segurança mostrou que ano passado foram registrados 20 feminicídios em Salvador”, afirma Victor Marinho.
“Esses dados refletem a precariedade dos serviços oferecidos às vítimas, a morosidade no encaminhamento dos casos e a escassez de recursos para programas de prevenção e combate à violência, de forma articulada entre os diversos órgãos das políticas públicas nas diversas esferas e poderes”, completa.
Medidas
Entre as medidas apresentadas pelo candidato do PSTU está a campanha de mídia e educativa nas escolas e demais espaços públicos contra a violência machista.
Victor Marinho defende a construção de novos Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM): “Hoje, Salvador conta com apenas três CRAMs, isso mostra o descaso com a defesa da vida das mulheres que se encontram em situação de violência doméstica ou familiar. Vamos construir um CRAMs em cada área administrativa (prefeituras-bairros) com equipes multidisciplinares para atendimento e acolhimento, para garantir o rompimento do ciclo da violência, fortalecer e construir a autoestima das mulheres”.
O candidato a prefeito pelo PSTU também destaca a necessidade da construção de Casas Abrigos e ressalta que vai exigir que os governos estadual e federal cumpram com suas responsabilidades. “É preciso que os governos federal e estadual façam suas partes. É preciso tirar a Lei Maria da Penha do papel, garantindo mais investimentos. Infelizmente, esses governos também não estão fazendo o que deve ser feito. Governos que não investem o necessário no combate à violência contra às mulheres, são cúmplices dessa violência brutal que precisa ser combatida diariamente”, finaliza Victor Marinho.