Política

BRASIL PASSA EM BRANCO NA SEGUNDA OLÍMPICA SEM GANHAR NEM UM BRONZE

O COB precisa contratar mais psicólogos para orientar os atletas é muita gente chorando
Tasso Franco , Salvador | 29/07/2024 às 18:17
Bia Ferreira uma esperança de medalha
Foto: Alexandre Loureiro COB
      MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. Nesta segunda-feira, dia 29, Bia derrotou a americana Jajaira Gonzalez por decisão unanime pela categoria -60kg. A atleta baiana está a uma vitória de garantir a vaga na semifinal em Paris e, consequentemente, mais uma medalha olímpica, já que o boxe não tem a disputa do bronze.

  2. Já Abner Teixeira, bronze em Tóquio, foi surpreendido pelo equatoriano Gerlon Chala, pelos superpesados (+ 92kg), e está eliminado do torneio de Paris.

  3. Bia não teve muita dificuldade para vencer a medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos Santiago. “Foi uma boa estreia. A gente lutou há pouco tempo, no Pan, e eu sabia que eu tentaria uma estratégia diferente. Dessa vez ela tentou vir pra cima de mim, mas não teve sucesso. Foi do jeito que a gente planejou, não tive muitas surpresas. Estou no jogo. Quero muito mais uma medalha olímpica, mas é uma luta de cada vez”, disse Bia.

  4. A baiana de 31 anos assumiu o nervosismo antes de entrar no ringue. “Eu fiquei mais ansiosa antes de chegar aqui, bateu um pouco de adrenalina. Mas eu sou a que mais quero ser campeã olímpica. Então eu não podia deixar isso me atrapalhar. Vim pra mostrar o que venho fazendo nesses três anos”, disse a campeã mundial.
   
  5. Bandminton - Juliana Viana conseguiu um bom resultado para o badminton feminino do Brasil nesta segunda-feira, 29. Com vitória por 2 sets a 0 sobre Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong, a brasileira garantiu o primeiro triunfo do badminton feminino do país em Jogos Olímpicos. As parciais foram de 21/19 e 21/14.

  6. “Tô em choque ainda. Acho que a ficha vai cair quando eu esfriar mais o corpo. Estou muito emocionada, muito feliz por ter feito história, por representar meu país. Desde pequena, meu sonho era representar o Brasil internacionalmente, ainda mais no maior evento esportivo, os Jogos Olímpicos. Com 19 anos, vestir a camisa do Brasil… É surreal. Tenho nem palavras”, comemorou Juliana.

  7. Na primeira partida do badminton, Juliana acabou perdendo para a tailandesa Supanida Katethong por 2 a 0, com parciais de 21/16 e 21/19. Agora, Juliana e a torcida aguardam o desfecho de Katethong (TAI) x Lo (HKG), na próxima terça-feira, 30, para a definição do grupo D.

   8. VOLEI FEMININO - O primeiro passo da seleção brasileira feminina de vôlei na caminhada destes Jogos Olímpicos Paris 2024 foi dado nesta segunda-feira (29). Na Arena Paris Sul, o Brasil estreou com vitória tranquila sobre o Quênia por 3 sets a 0 (parciais de 25/14, 25/13 e 25/12), em partida válida pelo grupo B. Carol e Rosamaria foram as maiores pontuadoras, com 13 pontos cada.

  9. "É uma estreia importante principalmente para tirar essa tensão dos Jogos Olímpicos. Quem ainda não havia jogado a competição, teve a oportunidade de estrear. Hoje o time inteiro rodou. As mais novas já puderam fazer os primeiros pontos e tirar o nervosismo de estreia. Apesar de ter sido um 3 a 0, a gente estava com uma preocupação muito grande. O time sacou muito bem, o que facilitou nosso bloqueio e defesa. É pensar no crescimento que precisamos na fase de grupos", avaliou Gabi.

  10. O Brasil não enfrentou dificuldades diante da seleção queniana. Apesar do nervosismo no início do jogo, por ser estreia olímpica, as brasileiras entraram bastante focadas e apresentaram um voleibol consistente e equilibrado em todos os fundamentos. 

   11. A seleção agora vai se preparar para a segunda rodada diante do Japão, quinta-feira (1º de agosto), às 8h (horário de Brasília). Para esse confronto, inclusive, o técnico José Roberto Guimarães espera enfrentar bastante dificuldade, uma vez que os últimos encontros com as japonesas foram decididos no tie-break.

  12. "Eu fiquei satisfeito por causa da maneira como o time se comportou. Não deu chance. Jogou sério o tempo inteiro. Apesar do Quênia ser o time menos forte do grupo, era importante vencer por 3 a 0 e com uma pontuação sofrida menor possível. Não é admissível jogar de qualquer maneira e deixar as coisas acontecerem", disse Zé Roberto.
  
   13. TÊNIS FEMININO -  Beatriz Haddad teve pouco tempo para virar a chave. Luisa Stefani, por sua vez, era a única da delegação do tênis brasileiro que ainda não havia estreado nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Na união das forças das duas, melhor para o fã do esporte olímpico. Na abertura das duplas no feminino, a melhor simplista do país e a medalhista olímpica de Tóquio eliminaram as chinesas Yuan Yue e Zhang Shuai em sets diretos, em duplo 6/4.

  14. Mais cedo, Bia foi eliminada da chave de simples ao perder para a eslovaca Anna Karolina Schmiedlova por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/3. A brasileira chegou a ter 3/1 no placar na segunda parcial, mas oscilou, principalmente no saque, e permitiu a virada da adversária.

  15. Bia teve pouquíssimo tempo para se recuperar, tanto física quanto mentalmente, mas encarou a missão. No início da partida, Luisa assumiu as rédeas e liderou as ações junto à rede. Houve uma quebra para cada lado, e só no nono game o Brasil reassumiu a dianteira. Aos poucos Bia foi se soltando e ganhando confiança. Selou a primeira parcial com um ace: 6/4.

  16 "Eu estava preparada para um dia longo. Acho que a partir do momento que um jogador decide jogar simples, dupla, às vezes duplas mistas, ele está preparado para esses momentos. Hoje eu tive ali 1h30, mais ou menos, entre um jogo e outro. Na simples eu performei muito mal, realmente foi um jogo muito ruim. Tive ali meu momento pra tomar um banho, me alimentar, conversar com eles. 

  17. Muito importante a conversa que a gente teve, tanto em grupo com o time, quanto eu com o Rafa (técnico) e com a Lu (Stefani) individualmente. Esses momentos são importantes pra mudar o chip. Eu consegui entrar com a energia certa. 

   18. Acho que foi muito importante a forma como a Lu também entrou, entramos no jogo pra fazer dar certo, com a melhor energia possível, sabendo que não ia ser fácil. E fomos disciplinadas nos momentos importantes. Na simples não foi como eu gostaria, mas estou feliz com como estou terminando o dia", refletiu Bia.

  19. Skate masculino - Foi uma final olímpica de alto nível técnico. Kelvin Hoefler lutou, caiu, se machucou e, sob um sol escaldante, chegou na 6ª posição da competição de skate street dos Jogos Olímpicos Paris 2024, disputada no Parque Urbano de La Concorde. O brasileiro – medalhista de prata em Tóquio 2020 –, que chegou a competir com dores no punho e no tornozelo, levantou o público com boas manobras e completou a final com 270.27 pontos.

  20. Apesar da boa performance, havia uma concorrência à altura de uma grande final olímpica, com os skatistas se superando a cada rodada. No fim, medalha de ouro para o japonês Yuto Horigome, agora bicampeão olímpico, de prata para Jagger Eaton, que foi bronze em Tóquio 2020, e de bronze para Nyjah Huston, ambos dos Estados Unidos.

  21. O brasileiro começou com uma boa volta, anotando 87.25, pontos. Porém, uma torção no tornozelo gerada por uma queda – somada a dores que já sentia no punho –, o incomodaria até o final. Chegando à fase de manobras, Hoefler anotou um 90.14 e chegou a ocupar a terceira posição após marcar 92.88. Mas, como a disputa era de um nível altíssimo, foi para a última manobra precisando de um 97,99 para alcançar uma medalha, porém não conseguiu.

  22. "A experiência olímpica é sempre uma vitória. Estar em uma final olímpica, então, onde eu consegui acertar as minhas manobras, consegui ficar em cima do meu skate, consegui dar trabalho para essa nova geração... Eu fiquei bem feliz. Missão cumprida!", disse Kelvin.

  23. JUDÔ FEMININO - Rafaela Silva chegou a uma disputa de medalha olímpica novamente nesta segunda-feira, 29/07. Oito anos depois do ouro na Rio 2016, a carioca enfrentou a japonesa Haruka Funakubo na disputa pelo bronze dos Jogos Olímpicos Paris 2024. 

  24. Numa luta muito equilibrada, com mais de cinco minutos de golden score e duas punições para cada lado, a arbitragem interpretou que Rafaela usou a cabeça para defender um golpe, colocando a própria integridade em risco e acabou eliminando a brasileira da luta.

  25. "É uma regra para proteger os atletas porque quando apoia a cabeça tem risco de lesionar a cervical ou coisa assim. Eu não consegui ver ainda o lance, mas é a regra e a gente tem que aprender a lidar. Não foi ao meu favor hoje”, disse Rafaela.

  26. “Não sei o que é mais difícil, se é perder assim ou levar um ippon logo. Senti que estava crescendo na luta, ela queria a luta no solo, consegui algumas defesas, mas acabei ficando sem minha medalha no dia de hoje”, completou.

  27. Rafaela contou que não conseguiu lutar 100% porque sofreu uma lesão no primeiro golpe da adversária na semifinal, a sul-coreana Mimi Huh. “Senti meu joelho, justamente a perna que eu uso para fazer meu principal golpe, o uchi-mata. Falei com a treinadora que estava com bastante dor. É uma lesão bastante chata. O médico me disse que uma das principais coisas dessa lesão é a falta de confiança e eu estava sentindo bastante incômodo. Tentei buscar, mas não consegui”,  contou.

  28. Rafaela Silva ainda volta aos tatames montados na Arena Champs de Mars para a disputa por equipes no próximo sábado, 03/08. A carioca, cria da Cidade de Deus, prometeu que vai buscar forças para conseguir sua segunda medalha olímpica, ao lado dos demais companheiros.

  29. “Agora é tratar para buscar essa medalha por equipe. É a minha terceira edição de Jogos Olímpicos e tenho objetivo de ir até Los Angeles 2028. Minha história olímpica não acaba aqui", finalizou.