Política

PRESIDENTE MACRON DIZ QUE SÓ NOMEIA PREMIER APÓS JOGOS OLIMPICOS

Com informações do Liberation
Tasso Franco ,  Salvador | 23/07/2024 às 18:21
Esquerda indicou Lucie Castets sem ter a maioria absoluta
Foto: Liberation
    

Durante meia hora, o Presidente da República respondeu esta terça-feira a perguntas dos jornalistas do France 2, a primeira desde a segunda volta das eleições legislativas de 7 de julho. Situação política, futuro primeiro-ministro e iminentes Jogos Olímpicos de Paris, revisão dos temas abordados.

Emmanuel Macron afirmou terça-feira que não nomearia um novo governo antes do final dos Jogos Olímpicos, “meados de agosto”, em nome da “trégua” que invocou, argumentando que o contrário “criaria desordem” durante a crise global. evento esportivo organizado em Paris. “É claro que até meados de agosto devemos estar focados nos Jogos. E a partir daí, dependendo do andamento dessas discussões, será minha responsabilidade nomear um Primeiro-Ministro e confiar-lhe a tarefa de constituir um governo e de ter a reunião mais ampla que lhe permita fazê-lo. e ter estabilidade”, disse o chefe de Estado sobre France 2, France Inter e franceinfo.

Um primeiro-ministro de esquerda não é o assunto

“É falso dizer que a Nova Frente Popular teria maioria, seja ela qual for”, observou também, rejeitando de facto a proposta da esquerda de nomear a sua candidata, Lucie Castets, para Matignon, um alto funcionário até então desconhecido cujo. O nome surgiu menos de uma hora antes da entrevista presidencial. “A questão não é um nome. A questão é saber que maioria pode surgir na Assembleia para que um governo francês possa aprovar reformas, aprovar um orçamento e fazer o país avançar”, acrescentou.

As partes devem se unir e chegar a um acordo

E, se “ninguém consegue implementar o seu programa”, “nem a nova Frente Popular, nem a maioria cessante, nem a direita republicana”, “a responsabilidade destes partidos” é “fugir de alguma forma à sua obviedade”, disse. estimou Emmanuel Macron. “Hoje espero que as forças políticas estejam à altura do que fizeram entre as duas voltas” das eleições legislativas, unindo-se contra a Reunião Nacional e fazendo “compromissos”, continuou o Presidente da República. “Todas as democracias europeias fazem (isso)”, acrescentou, observando que se “não estiver na nossa tradição, (é), acredito, o que os nossos compatriotas esperam porque “trata-se de viver à altura do momento e das responsabilidades que os franceses deram a estes partidos", insistiu.

Não é normal o RN não estar na secretaria da Assembleia

Emmanuel Macron estimou terça-feira que “não foi bom” que o Comício Nacional não estivesse representado no gabinete da Assembleia Nacional, porque os seus eleitos têm “legitimidade” e “não há dinheiro para deputado”. O chefe de Estado disse ainda estar “chocado” com as imagens de deputados de esquerda que se recusaram a apertar a mão ao deputado mais jovem da Assembleia, eleito RN, que garantiu o bom andamento da votação para a poleira como quer o regulamento.