Política

SERVIDORES BA PROTESTAM DIANTE PL 4% REAJUSTE E JOGAM JALECOS NO CHÃO

Por falta de quórum, em manobra do líder do governo, PL não foi votado
Tasso Franco ,  Salvador | 21/05/2024 às 17:53
Protesto dos servidores do estado no saguão da Assembleia
Foto: BJÁ
    Um grupo de servidores do estado das Secretarias de Saúde e da Educação gritando palavras de ordem nas galerias da Assembleia impediu que a sessão ordinária desta terça-feira, 21, e que analisaria o PL do Poder Executivo que reajusta os salários dos trabalhadores do estado em 4% - parcelados em 2% a serem pagos em junho; e mais 2% em setembro - e ameaçaram entrar em greve. Numa manobra do lider do governo, Rosemberg Pinto  (PT) a sessão caiu e, portanto, nada foi votado nada ficando, provavelmente, para a próxima terça-feira, dia 28.

   Os servidores parodiaram a canção de Luis Gonzaga "Asa Branca" trocando a expressão "a Deus do céu por Jerônimo - Quando olhei a terra ardendo / Qual fogueira de São João / Eu perguntei a Jerônimo, uai / Por que tamanha judiação?”.

  Depois ocuparam o saguão e gritaram palavras de ordem e cantaram a paródia de Luis Gonzaga até a portaria. O líder do governo, Rosemberg Pinto, não conseguiu falar no plenário diante vaias e o presidente Adolfo Menezes (PSD) solicitou que os servidores parassem de gritar destacando que "democracia se faz com resoeito". 

   Mas Adolfo também não foi atendido e as palavras de ordem seguiram. Rosemberrg criticou, ainda, o comportamento do deputado Hilton Coelho (PSOL), o qual defendia que os professores pudessem se manifestar à vontade. O clima ficou pesado. O deputado Leandro de Jesus (PL) afirmou que "o PT está destruindo a Bahia e o salário de vocês e o governador Jerônimo, diante da violência no estado, chega de viagem a Europa e diz que por lá também tem violência".

  Diante de tanta confusão, Rosemberg pediu verificação de quórum e solicitou aos parlamentares de sua bancada que não comparecessem ao plenário. Adolfo, então, verificou que não havia quorum e suspendeu a sessão.  

  Segundo Rosemberg, ex-lider sindical, "não fui procurado por nenhum lider sindical para conversar sobre o reajuste dos 4% e estou aberto ao diálogo".