Política

OPOSIÇÃO DEFENDE REAJUSTE DE 10%; SINDSEFAZ DIZ QUE PERDAS SÃO 54%

Muitos protestos hoje contra o governador Jerônimo Rodrigues
Tasso Franco , Salvador | 21/05/2024 às 18:21
Servidores do estado acamparam no saguão da Assembleia Legislativa, hoje
Foto: BJÁ
     O saguão Josaphat Marinho da Assembleia Legislativa foi ocupado pelos servidores do estado que acamparam nesta tarde de terça-feira, 21, para protestarem contra o PL enviado pelo governador Jerônimo Rodrigues, que reajusta os salários dos servidores em 4%. Segundo o SINDSEFAZ as perdas salarias dos servidores entre 2015 a 2023 são da ordem de 54% e neste mesmo período a arrecadaão do ICMS cresceu 153%¨. Portanto, diz o banner anúncio do Sindsefaz: "4% não dá".
  
   O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), apresentou uma emenda para alterar de 4% para 10% a proposta de reajuste salarial dos servidores públicos do Estado. O Projeto de Lei 25.323/2024 teve o regime de urgência aprovado na semana passada e deveria ser votado na tarde desta terça-feira (21), no plenário da AL-BA, mas, a base governista não compareceu.

   O lider do governo na Casa, deputado Rosemberg Pinto, vaiado pelos servidores quando tentou falar no plenário, numa manobra, pediu verificação de quórum e a sessão caiu. Foi a alternativa encontrada pelo lider para ganhar tempo e tentar fazer enconbtros com sindicalistas e, ao mesmo tempo, susopender a sessão. Os parlamentares da base do governo - ao que se verificou hoje - não estão dispostos a votar os 4% e entendem que o estado pode aumentar esse percentual.

   O lider da Oposição, deputado Alan Sanches (UB) não teve trabalho e ficou apenas observando. Explicou ao BJÁ a que a mudança PARA 10% tem o propósito de “garantir e recompor o poder de compra dos servidores públicos estaduais, que vêm tendo os seus vencimentos achatados com perda real há cerca de 16 anos”.

“A gente considera que 4% é uma proposta muito mesquinha do Governo, porque sequer oferece ganho real aos servidores. A gente vê o governo chegando a R$ 6 bilhões em pedidos de empréstimos em menos de um ano e meio, mas na hora cuidar do servidor não tem dinheiro. É lamentável”, acentua Alan Sanches.

O texto da emenda apresentada pela oposição, prevê que o reajuste se dará em duas parcelas, conforme escalonamento da redação original do projeto, sendo 5% a partir de 1º de maio e outros 5% a partir de 31 de agosto.

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