Empresário não perde dinheiro e vai elevar os produtos para compensar
Tasso Franco , Salvador |
14/05/2024 às 18:43
A CMS quer fazer bondade com chapéu alheio, mas sobrará para os consumidores
Foto:
O presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), informou aos pares, na tarde desta terça-feira (14), durante Sessão Ordinária, que o seu Projeto de Lei nº 236/15 (já sancionado pelo prefeito Bruno Reis), que proíbe o uso de sacolas plásticas não recicláveis em estabelecimentos comerciais de Salvador, terá que ser aprimorada por conta da “ganância” de empresários do setor.
De acordo com Carlos Muniz, “o projeto sancionado tem o objetivo de melhorar o meio ambiente, conforme especificações definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)". Segundo afirmou, "a partir do mês de junho, com o aprimoramento da lei, os empresários terão que oferecer a opção gratuita nos supermercados e estabelecimentos comerciais". O presidente frisou que "hoje só existe a opção de sacola vendida e, a partir da modificação da legislação, os empresários serão obrigados a dar uma opção gratuita”.
Ainda na Câmara, Carlos Muniz afirmou que “as sacolas não oneram o orçamento dos donos dos supermercados, porque vai para o custo em relação aos impostos e gastos, e eles incluem o valor das sacolas plásticas. Nossa intenção é melhorar o meio ambiente e não prejudicar a população”, enfatizou.
COMENTÁRIO DO BAHIAJÁ
A idéia é boa, porém, inoqua uma vez que os empresários vão repassar os custos das sacolas para as mercadorias e, no fundo, quem acaba pagando é o consumidor. Na Europa, EUA, Canadá, Ásia, China os clientes que vão aos supermercados pagam as sacolas ou levam de casas carrinhos onde colocam as mercadorias. Isso também acontece nas feiras livres.