Política

DEP SANDRO RÉGIS: "A BAHIA VIVE COMO SE FOSSE 1º DE ABRIL HÁ 18 ANOS"

A crítica aconteceu no contexto do atraso das obras do VLT que deveriam substituir o trem que rodava no Subúrbio de Salvador, retirado de circulação pelo Governo do Estado há três anos.
Tasso Franco ,  Salvador | 02/04/2024 às 10:50
Deputado estadual Sandro Régis
Foto: Vaner Casaes

O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) voltou a criticar o modelo de gestão dos governos do PT na Bahia e comparou o período de 18 anos com o simbolismo desta segunda-feira (1º de abril), conhecido como o Dia da Mentira.

“Infelizmente, a sensação é que a gente tá vivendo como se fosse 1º de abril há 18 anos na Bahia”, escreveu o deputado em publicação no X, antigo Twitter.

A crítica aconteceu no contexto do atraso das obras do VLT que deveriam substituir o trem que rodava no Subúrbio de Salvador, retirado de circulação pelo Governo do Estado há três anos. O assunto foi pauta do Jornal Nacional, da Rede Globo, do último sábado (30).

“Está aí mais uma ironia do governo que “cuida de gente”, agora em rede nacional. O Governo do PT acabou com o trem do Subúrbio, em Salvador, e até hoje não tirou do papel a promessa de construir o VLT. O trem tinha tarifa acessível e atendia justamente os mais pobres”, publicou Sandro Régis.

“A prática é bem diferente do slogan de campanha. Mas como o governo não tem competência para solucionar a questão, resolveu atacar quem noticia o descaso. Infelizmente, a sensação é que a gente tá vivendo como se fosse 1º de abril há 18 anos na Bahia”, completou o parlamentar.

LIDER DA OPOSIÇÃO

Líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) disse nesta segunda-feira (1º) que o Governo do Estado age como quem persegue a população do Subúrbio de Salvador, prejudicada há três anos com o fim da operação do sistema ferroviário.

“Fica claro que o Governo do Estado não está preocupado com a população do Subúrbio, basta ver o descaso com a construção do VLT, que se arrasta há pelo menos três anos. Eles acabaram com um transporte que tinha tarifa de apenas 50 centavos e não tiraram o VLT do papel”, critica.

O imbróglio sobre o assunto foi destaque no Jornal Nacional, da TV Globo, no último sábado (30 de março).

Sanches aponta que, além do problema de mobilidade urbana, a retirada dos trens afetou toda uma microeconomia da região que se mantinha através dos trens e com pontos de vendas ao longo das estações.

“Se você pensar que um pescador ou uma marisqueira ia à feira de São Joaquim vender seus produtos e gastava apenas um real de transporte e agora gasta dez, dá pra ver o tamanho do problema que o Governo do Estado causou”, exemplifica.

“Não quero nem citar aqui o dinheiro jogado no ralo com o vaivém dos projetos, que hora é VLT, hora é monotrilho. A mudança de empresas e projetos diferentes acabam gerando um custo para o governo e, é claro, para o bolso do contribuinte”, completa Alan Sanches.