projéteis russos cortaram uma das linhas que fornecem eletricidade à central nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa e que está sob o controle das forças de ocupação russas.
Tasso Franco , Salvador |
22/03/2024 às 09:06
Central Nuclear da Ucrânia atacada
Foto: The Kyiv -Rep
A Rússia está “em estado de guerra”, reconhece o Kremlin. Esta não é a primeira vez que o Kremlin utiliza este termo. Em Dezembro de 2022, e depois em Fevereiro de 2023, o Presidente russo, Vladimir Putin, pronunciou estas palavras, afirmando: “Foram [os países ocidentais] que eclodiram esta guerra e utilizámos a força para lhe pôr fim. »
Em Zaporizhia, o número de mortos sobe para três: Após os ataques russos na noite de quinta para sexta-feira em Zaporizhia, o número de mortos aumentou de um para três ao meio-dia de sexta-feira, anunciou no Telegram o chefe da administração militar regional, Ivan Fedorov. A ofensiva russa também deixou dois mortos na região ocidental de Khmelnytsky.
Cortes de energia na Ucrânia: Roménia, Eslováquia e Polónia fornecem ajuda de emergência: Dezenas de instalações energéticas foram danificadas, incluindo centrais térmicas e hidroelétricas, anunciou no Telegram o gestor nacional da rede de transporte de eletricidade, Ukrenergo.
“As situações mais complicadas estão nas regiões de Kharkiv, Odessa, Kirovohrad e Dnipro”, disse ele.
Segundo Ukrenergo, os sistemas energéticos da Roménia, Eslováquia e Polónia prestaram assistência de emergência para garantir o funcionamento seguro do sistema energético.
Ao menos duas pessoas morreram na Ucrânia depois que a Rússia lançou, na madrugada de sexta-feira, quase 90 mísseis e 60 drones explosivos, informaram as autoridades, em um dos ataques mais violentos registrados nas últimas semanas.
90 MISSEIS
Com quase 90 mísseis e mais de 60 drones, o ataque efetuado pela Rússia na madrugada desta sexta-feira (22) contra vários oblasts na Ucrânia é o maior lançado recentemente contra o setor energético ucraniano, segundo afirmou o ministro da Energia do país atacado, German Galushchenko, em suas redes sociais.
“O inimigo está realizando o maior ataque recente à indústria energética ucraniana”, escreveu Galushechenko nesta manhã.
O ministro acrescentou que o objetivo russo “não é apenas prejudicar, mas tentar provocar novamente um colapso em grande escala no sistema energético do país”.
Galushchenko referia-se à campanha de ataques massivos russos contra centrais eléctricas e térmicas ucranianas que, desde novembro de 2022, deixaram milhões de ucranianos sem eletricidade durante semanas.
“Infelizmente, houve impactos nas infraestruturas de produção e nos sistemas de transmissão e distribuição em diversas regiões”, disse o ministro, detalhando que os projéteis russos cortaram uma das linhas que fornecem eletricidade à central nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa e que está sob o controle das forças de ocupação russas.