Política

APÓS COBRANÇA DE LULA E CHORO NISIA DEMITE DGH DE HOSPITAL NO RIO

Ministra da Saúde fez desabafo na reunião ministerial da segunda e Lula a mantém no cargo não se sabe até quando
Tasso Franco ,  Salvador | 19/03/2024 às 09:39
Lula cobrou de Nisia mais relações com os políticos
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   Nesta segunda-feira (18), durante uma reunião ministerial do governo Lula, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, desabafou e se emocionou ao relatar os desafios enfrentados em sua gestão. O encontro foi marcado por intensas discussões sobre a saúde pública e as estratégias para enfrentar a pandemia e outras questões sanitárias do país.

  A cobrança de Lula já surtiu efeito. A ministra Nísia Trindade decidiu demitir o chefe do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alexandre Telles, responsável pelos hospitais federais do Rio. A exoneração se dá depois de uma série de notícias sobre o mau funcionamento da rede. Na reunião ministerial desta segunda-feira. O programa Fantástico (Rede Globo) mostrou o caos nos hospitais federais do Rio.

  De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, Nísia Trindade expôs a resistência encontrada por parte de alguns profissionais da área da saúde em relação ao comando das unidades de saúde sob responsabilidade do governo federal. Além disso, a ministra revelou que houve reações negativas de pessoas influentes do PT diante das mudanças que implementou nos hospitais federais.

   Em um momento de grande emoção, Nísia admitiu se sentir pressionada por diferentes alas políticas, inclusive dentro do próprio governo, o que a levou às lágrimas durante sua intervenção na reunião. A ministra precisou se retirar brevemente da sala para recompor-se emocionalmente.

A questão da dengue também foi abordada pela ministra durante sua apresentação. Ela detalhou as ações empreendidas pelo governo federal para reduzir os casos da doença, porém, após expor os dados e manifestar sua preocupação, Nísia foi cobrada diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula enfatizou a importância da comunicação eficaz por parte da ministra e aconselhou-a a não fazer promessas que não possam ser cumpridas, citando o exemplo da vacina contra a dengue.

  Apesar da cobrança, o presidente assegurou a permanência de Nísia Trindade no cargo, reforçando que ela foi uma escolha pessoal dele e que tem total autonomia para tomar as decisões necessárias para aprimorar o sistema de saúde no Brasil.

No entanto, Lula ressaltou a necessidade de Nísia Trindade estabelecer um diálogo mais eficiente com a classe política e apresentar melhorias concretas para a população brasileira.

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