Duas sondagens à saída mostram o presidente cessante como o vencedor das eleições presidenciais na Rússia, com uma pontuação estimada em cerca de 87%. A comissão eleitoral comunica um resultado de 87,97% dos votos a favor de Vladimir Putin após apuração de 24,4% dos votos.

Vladimir Putin garantiu na segunda-feira que as ações de protesto convocadas pela oposição “não tiveram efeito” nas eleições presidenciais, ao mesmo tempo que ameaçou processar aqueles que estragassem os boletins de voto.

“Isto é um crime e as nossas autoridades policiais e judiciais agirão de acordo com a lei”, alertou Putin. “Na realidade, não surtiu efeito. O Presidente Vladimir Putin, prestes a ser reeleito chefe da Rússia, garantiu na segunda-feira que o seu país não se deixaria “intimidar” ou “esmagado”, após dois anos de conflito na Ucrânia e de crise com o Ocidente.

“Não importa quem quer nos intimidar ou quanto, não importa quem quer nos esmagar ou quanto, a nossa vontade ou a nossa consciência. Ninguém jamais conseguiu fazer algo assim na história. Não funcionou hoje e não funcionará no futuro”, assegurou Putin num discurso televisionado.

Durante o mesmo discurso, garantiu que a morte do opositor russo Navalny foi um “acontecimento triste” e declarou que queria uma troca de prisioneiros, incluindo Navalny, antes da sua morte.

Segundo Putin, quando surgiu a ideia de trocar Navalny por “algumas pessoas que estão em instituições penais em países ocidentais”, ele “concordou”. “Havia apenas uma condição: que o trocássemos para que ele não voltasse”, disse ele.

Ele também estimou que os primeiros resultados das eleições presidenciais na Rússia, mostrando-o como o vencedor claro, demonstraram a "confiança" dos russos no seu poder.

“Temos muitas tarefas concretas e importantes a cumprir. Os resultados eleitorais demonstram a confiança dos cidadãos do país e a sua esperança de que faremos tudo o que está planeado”, afirmou.