Forte de São Diogo, Barra, no local do antigo castelo de Pereira Coutinho, Salvador da Bahia
Tasso Franco , Salvador |
16/03/2024 às 18:24
Forte de São Diogo, Barra, no local do antigo castelo de Pereira Coutinho
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Domingo, 17, o jornalista Tasso Franco apresenta mais um capítulo no seu canal do YouTube (Sêo Franco da Bahia) sobre os 475 anos de fundação da cidade do Salvador falando do Forte de São Diogo, localizado no antigo local do castelinho do donatário Francisco Pereira Coutinho e que protegia a entrada da enseada do porto natural de desembarque na barra de Salvador, Baía de Todos os Santos.
O forte localiza-se na Praça Azevedo Fernandes na base do Morro de Santo Antônio, ao lado direito da praia do Porto da Barra, e próximo ao forte também estão a Igreja de Santo Antônio da Barra (no todo do morro) e o Instituto Mauá, este já na Avenida Sete de Setembro.
O Forte de São Diogo visava impedir, com o apoio do Forte de Santa Maria, o desembarque de qualquer inimigo naquele acesso ao sul da cidade do Salvador, combatendo com seus canhões possíveis invasões de holandeses e franceses. De suas muralhas - onde estavam instalados os canhões - descortina-se uma bela e ampla visão da Baía de Todos os Santos.
Atualmente encontra-se sob a guarda do Exército Brasileiro e conta com um espaço de arte intitulado Carybé - artista plástico argentino que morou em Salvador - e um café e restaurante.
DADOS HISTÓRICOS
A sua construção remonta ao Governo Geral de D. Diogo de Meneses Siqueira (1609-1613) quando o Brasil estava sob dominicio da Esopanha, reinado de Felipe II, com planta do Engenheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita (1603-1634). Em iconografia de João Teixeira Albernaz, o velho (Planta da Cidade de Salvador, 1616) figura como Estância de São Diogo.
Não conseguiu impedir a invasão holandesa de John Van Dorth, em 1625. Com a expulsão dos holandeses, em 1626, foi reforçado e ajudou a combater a invasão de abril-maio de 1638 do Conde Maurício de Nassau.
A construção sofreu alterações na estrutura e no traçado a partir de 1704, que lhe conferiram a atual estrutura orgânica, em que o terrapleno acompanha a linha da base do morro, cortado para a sua edificação.
Foi reinaugurado em setembro de 1722, quando passou a contar com uma bateria de sete peças de artilharia. De acordo com iconografia de José António Caldas,[2] apresenta o traçado de um meio reduto circular aberto com parapeitos à barbeta. Sobre o terrapleno, ergue-se edificação de dois pavimentos abrigando as dependências de serviço (Casa de Comando, Quartel da Tropa, Casa da Palamenta e outras).
Como vários fortes da Bahia passou por momentos de decadência e abandono nos séculos XIX e XX, mas, atualmente está reformado e é ponto turistico da cidade.