Robinho e Diego defendem grupo de produtores rurais que Rosemberg chama de "milicianos"
Tasso Franco , da redação em Salvador |
19/02/2024 às 17:38
Deputados Rosemberg e Robinho discutem no plenário da Assembleia
Foto: BJÁ
O clima esquentou um pouco no plenário da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira, 19, durante discussões sobre o conflito de terras em Potiraguá, Sul da Bahia, quando o deputado Rosemberg Pinto (PT) classificou o grupo de empresários produtores rurais intitulado "Invasão Zero" de "milicianos".
O deputado Robinho (UB) que havia usado a tribuna da Casa Legislativa para destacar o desempenho do agronegócio no Brasil com 2.6 trilhões de reais em negócios "grandes geradores de empregos" revelou que os produtores não admitem conflitos na Bahia e denunciou que no relatório da PM/BA consta de que o primeiro tiro partiu dos indigenas no conflito de Potiragua onde morreu uma indigena, mas "o link sumiu".
Rosembrg contestou a fala de Robinho e disse, também na tribuna, que este grupo de produtores é comandado por uma mulher e assassinou uma indigena. Afirmou, ainda, que vai realizar uma reunião ainda hoje para analisar essa questão, na governadoria, e destacou que a PM está apurando donde saiu a informação fornecida por Robinho de que o primeiro tiro partiu dos indigenas.
Já o deputado Diego Castro (PL) criticou duramente o discurso do presidente Lula contra Israel e destacou que o grupo de empresários rurais da Bahia é constituito por pessoas honestas: "Isso é um absurdo. O Invasão Zero é um grupo de pessoas honradas, honestas e de produtores. Eles são aqueles que representam 30% do PIB do estado da Bahia. Quando o PT, seu partido, quebrou as contas do nosso estado, os produtores sustentaram a nossa máquina”, defendeu.
“Não vamos aceitar isso. Esse grupo participou nessa Casa mostrando os desmandos do MST, que, sim, é um grupo terrorista, o qual o PT passa pano”, completou o parlamentar baiano.
O Invasão Zero é um movimento, composto por produtores rurais, que emergiu no interior do estado em abril de 2023. Sua ascensão coincidiu com os debates da CPI do MST, tanto em nível nacional quanto estadual, o que impulsionou sua relevância e influência. Robinho disse, por fim, que o Grupo Invasão Zero este na Assembleia debatendo com os deputados e apoiou os fazendeiros de Potiraguá.