A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) confirmou no domingo que vinte e nove dos seus funcionários foram mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. “Metade desses colegas eram professores”, dizia o comunicado no Twitter.

ALERTA DO IRÃO

A situação no Médio Oriente ficará fora de controlo se os Estados Unidos e Israel não acabarem imediatamente com os “crimes contra a humanidade e o genocídio” cometidos na Faixa de Gaza, alertou no domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão.

“Hoje a região é como um barril de pólvora (…). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que, se não porem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região ficará fora de controlo”, disse Hossein Amir. Abdollahian na presença do seu homólogo sul-africano, Naledi Pandor, em visita a Teerão. “Qualquer erro de cálculo na continuação do conflito, do genocídio, do massacre e da migração forçada dos habitantes de Gaza e da Cisjordânia pode ter consequências graves” para a região e “os interesses dos países agressores”, disse. acrescenta.

Os Estados Unidos anunciaram na noite de sábado um reforço da sua presença militar no Médio Oriente devido às “recentes escaladas do Irão e das suas forças afiliadas” na região. Um sistema de defesa antimíssil de alta altitude, bem como várias baterias de mísseis terra-ar Patriot serão implantados “em toda a região”, e mais meios militares foram colocados em estado de “pré-desdobramento”, de acordo com um comunicado de imprensa do Ministro da Defesa americano, Lloyd AustIN.

Ministério da Saúde de Gaza relata 4.651 mortes desde 7 de outubro

Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram 4.651 mortos, incluindo 40% crianças, e 14.245 feridos desde 7 de outubro, anunciou no domingo o ministério da saúde do enclave controlado pelo Hamas. Nas últimas vinte e quatro horas, o balanço, segundo ele, é de 266 mortos, incluindo 117 crianças.

“A protecção dos civis em tempos de conflito não é uma aspiração ou um ideal, é uma obrigação”, escreve Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), num comunicado transmitido durante a noite.

“Os civis, onde quer que estejam, devem ser protegidos. As vidas de todos os civis, a integridade de todas as instalações e instalações das Nações Unidas e as infra-estruturas civis, incluindo hospitais, devem ser sempre protegidas de danos ao abrigo do direito humanitário internacional”, continua, especificando que meio milhão de habitantes de Gaza encontraram refúgio. nas dependências da agência.