Nesta segunda nota, dedo de Lula ao que se supõe, há recriminação também ao Hamas
Tasso Franco , Salvador |
17/10/2023 às 09:36
Bombardeios em Gaza
Foto: AFP
O Diretório Nacional do PT aprovou na última segunda-feira 16 uma resolução a condenar os ataques do Hamas contra civis e a violência empregada pelo Exército de Israel.
O partido repudia “os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, O partido repudia “os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes.
A resolução reforça que a sigla apoia desde a década de 1980 a luta do povo palestino por sua soberania e a solução de dois Estados – ou seja, um Estado da Palestina em coexistência com o Estado de Israel.
Ao contrário do primeiro texto, publicado no dia 7 de outubro, data do primeiro ataque da organização extremista, o Hamas é, desta vez, citado nominalmente pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O comunicado do PT, no entanto, recrimina em igual medida o próprio Estado de Israel. "Condenamos os assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra", diz a nota, assinada pelo Diretório Nacional da sigla. O primeiro texto era chancelado por Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Romenio Pereira, secretário de Relações Internacionais da legenda.
Em outro trecho, o partido frisa que mantém, historicamente, "relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina, sediada em Ramallah". Desde que o conflito eclodiu, a oposição, sobretudo grupos bolsonaristas, vem tentando vincular o Hamas diretamente ao PT.
"O PT apoia, desde os anos 1980, a luta do povo palestino por sua soberania nacional, bem como a Resolução da ONU pela constituição de dois Estados Nacionais, o Estado da Palestina e o Estado de Israel, garantindo o direito à autodeterminação, soberania, autonomia e condições de desenvolvimento, com economia viável para a Palestina, buscando a convivência pacífica entre os dois povos", pontua o texto.