Ruído na visita de Lula a Salvador
Tasso Franco , Salvador |
11/05/2023 às 13:40
Ana Rabello: "MST não pode ser tratado com arrogância"
Foto: SINDLIMP
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) afirmou que foi vetado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, de participar de ato do governo federal realizado nesta quinta-feira (11) em Salvador com a presença do presidente Lula (PT).
Ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), Lula lançou o Brasil Participativo, plataforma digital que permitirá a participação da população nas decisões sobre como devem ser investidos os recursos federais. O ato teve participação de sindicalistas e ativistas de movimentos sociais.
O veto ao MST foi anunciado pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), cuja trajetória política é ligada aos movimentos pela reforma agrária.
SINDILIMP PROTESTA
A polêmica envolvendo veto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em participar do evento com Lula em Salvador, nesta quinta-feira (11), foi considerada pela direção do SindilimpBA como 'arrogante' e de total despreparo do cerimonial do governo federal. Essa situação foi noticiada pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que culpou o ministro da Casa Civil pelo veto ao grupo de sem-terras na capital baiana.
“Sentimos falta do MST no evento. Movimento ajudou o governo a ser eleito na luta contra o bolsonarismo e não pode ser tratado com arrogância. Foram os sem-terras que conduziram essa batalha, inclusive auxiliando politicamente o SindilimpBA. Como foram barrados, a gente se pergunta quem será o próximo. Poderiam ter barrado as comunidades LGBTQIA+ ou até mesmo os sindicalistas, negros e a população que busca por melhorias”, explica a coordenadora-geral do SindilimpBA, Ana Angélica Rabello.
Ela também disse que a situação não poderia ser mais constrangedora para o MST e para o governo federal, e lembra que foi detida com um dirigente do sindicato por protestar contra o governo estadual em escola de Salvador em 2015. “Fui presa e o deputado federal Valmir Assunção e o MST foram quem chegaram primeiro na delegacia. Temos uma história de luta e não me conformo com a situação desta quinta. Lula precisa rever isso com urgência”, sintetiza Ana.