Marinho aposta nos indecisos para levar eleição a um segundo turno
Tasso Franco , Salvador |
31/01/2023 às 19:11
Senadores Pacheco e Marinho
Foto: REP
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. No Brasil político só se fala de uma coisa: a eleição para a presidência do Senado cuja disputa se dará entre o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), considerado favorito, e Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo Bolsonaro. O clima é de tensão e o jogo envolve o presidente Lula e o ex-presidente Bolsonaro. Está parecendo até um terceiro turno das eleições e fala-se de tudo até a possibilidade, se Marinho for eleito, encaminhar um pedido de impeachement de Alexandre de Moraes.
2. O senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) aposta nos indecisos. Afirma ter até 34 votos como garantidos (o que mostra haver senadores prometendo votos aos 2 candidatos) e tenta levar o pleito para o 2º turno. Disputa por cargos no Senado contrapõe aliados de Pacheco Marinho articula traições a 500 metros de Pacheco O ex-ministro de Bolsonaro diz não haver jogo ganho e declara a aliados: os indecisos definirão a eleição. Com voto secreto, haverá traições de ambos os lados.
3. (Agência Senado) Os 27 senadores eleitos em outubro tomam posse na próxima quarta-feira (1º), às 15h, no Plenário da Casa. Os mandatos são de oito anos e vão até fevereiro de 2031. Entre os empossados, cinco foram reeleitos e quatro ocupam cargos de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Na tabela abaixo, clique na região e depois no nome do senador para saber mais sobre ele).
4. O Senado é composto de 81 parlamentares. Cada estado e o Distrito Federal têm três representantes na Casa. As bancadas são renovadas de quatro em quatro anos, de forma alternada: em uma eleição são escolhidos 27 senadores (um terço do total) e, na seguinte, 54 parlamentares (dois terços).
5. Neste ano, a renovação é de um terço das cadeiras. Dos 27 senadores que tomam posse, cinco já exercem mandato na Casa e foram reeleitos em outubro: Davi Alcolumbre (União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT).
6. Outros quatro eleitos foram nomeados ministros de Estado em 1º de janeiro e devem se afastar temporariamente das funções no Poder Executivo para assumir formalmente os mandatos no Legislativo. São eles:
• Camilo Santana (PT-CE), da Educação;
• Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública;
• Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e
• Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.
7. De acordo com a Constituição, o parlamentar que assume cargo de ministro não perde o mandato no Congresso Nacional. Logo após serem empossados como senadores, os quatro devem retornar aos ministérios e deixar as cadeiras na Casa com um dos suplentes de cada chapa.
8. Camilo Santana tem como suplentes Augusta Brito (PT) e Janaina Farias (PT). No caso de Flávio Dino, as suplentes são Ana Paula Lobato (PSB) e Lourdinha (PCdoB).
9. A cadeira de Wellington Dias deve ficar com Jussara Lima (PSD) ou José Amauri (Solidariedade). Os suplentes de Renan Filho são Fernando Farias (MDB) e Adélia Maria (PV).
Compromisso
A sessão preparatória da próxima quarta-feira está marcada para as 15h, quando os senadores eleitos devem prestar o compromisso de posse: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”.
10. O senador eleito que não comparece à sessão preparatória tem 90 dias para tomar posse, prazo que pode ser prorrogado por mais 30 dias. Se o titular da chapa não assume formalmente o cargo nesse período, considera-se que ele renunciou ao mandato. Nesse caso, o primeiro suplente é convocado para ocupar a vaga.