O dia 11 de outubro de 2022 vai ficar marcado na memória dos Mestres de Capoeira, capoeiristas e de todos os admiradores e foliões da tradicional Lavagem do Beco do Fuxico, as maiores expressões culturais de Itabuna. O projeto aprovado, de autoria da vereadora Wilmaci Oliveira (PCdoB), os tornam agora os mais novos patrimônios imateriais da cultura itabunense.
A parlamentar comemorou. “É uma alegria muito grande e de uma importância histórica, pois cria um sentimento de pertencimento junto aos cidadãos. Uma demonstração de compromisso do nosso mandato junto aos capoeiristas, representantes dos blocos carnavalescos e demais produtores de cultura.” disse.
Segundo ela, a aprovação como Patrimônio Cultural Imaterial garante mais respaldo ao município para apoiar, com recursos públicos, as iniciativas de preservação da cultura. “Além de prestarmos um tributo à capoeira e à Lavagem, como manifestação cultural importante, representa para Itabuna o seu reconhecimento de políticas públicas para cuidar do seu patrimônio cultural, “concluiu.
De acordo com Matheus Soares de Lucena, também conhecido como Mestre Garrote, a capoeira já vem de um processo de reconhecimento desde o início do ano de 2004. “Temos o nosso reconhecimento Nacional desde 2008 e em 2014 a Unesco reconheceu como Patrimônio imaterial da Humanidade, então agradecemos o reconhecimento em Itabuna, referendado pela vereadora Wilma, que deu vida ao projeto. Precisamos desse reconhecimento na cidade para que de fato não somente se declare que Itabuna é um celeiro de capoeiristas, mas a gente precisa de mais ferramentas de valorização” disse.
O projeto foi uma sugestão ao mandato do presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itabuna (CMPCI), Egnaldo Ferreira França. “Esse é um dia histórico para Itabuna e é um dia de agradecimento. Itabuna dá um passo importantíssimo reconhecendo a capoeira e a lavagem do Beco do Fuxico como patrimônio imaterial. Esse foi um primeiro passo, ainda não significa que Itabuna reconheceu por exemplo o Ofício do professor e do Mestre Capoeira, porque ainda nós enquanto o esportista da capoeira sofremos os preconceitos e dentro da escola ainda não é reconhecido como uma figura pedagógica,” pontuou.
O projeto segue agora para sanção do prefeito Augusto Castro (PSD).