Ditador russo está bravo e Otan teme envolvimento de outros países na guerra
Tasso Franco , Salvador |
04/03/2022 às 18:30
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Foto: AFP
O presidente da França, Emmanuel Macron, quer "medidas concretas para garantir" a segurança das instalações nucleares ucranianas. Após o bombardeio noturno da usina Zaporozhye, a maior da Europa, o G7, do qual a França é membro, pediu à Rússia que encerre seus ataques "nas imediações das usinas nucleares ucranianas".
A usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa e localizada no centro da Ucrânia, foi atingida durante a noite por ataques do exército russo que causaram um incêndio, que foi finalmente extinto pelos bombeiros. “O território da usina nuclear de Zaporizhia está ocupado pelas forças armadas da Federação Russa”, anunciou a agência nuclear ucraniana. A segurança nuclear está "garantida", segundo Kiev, que acusou Moscou de recorrer ao "terror nuclear".
O presidente francês Emmanuel Macron está "extremamente preocupado com os riscos" para a segurança nuclear "decorrente da invasão russa" e "proporá nas próximas horas (...) medidas concretas para garantir" a segurança das usinas nucleares ucranianas.
A Rússia bloqueou o Facebook e reprimiu a mídia, introduzindo pesadas penas de prisão por espalhar “informações falsas sobre os militares”. À noite, Vladimir Putin apostou sua assinatura nas emendas, que assim entraram em vigor.
A Ucrânia espera uma terceira rodada de negociações com a Rússia neste fim de semana, disse um dos negociadores ucranianos, Mykhaïlo Podoliak, assessor do chefe da administração presidencial. Mas o presidente russo, Vladimir Putin, disse em entrevista ao chanceler alemão Olaf Scholz que o diálogo só seria possível se "todas as demandas russas" fossem aceitas.
Os membros da Otan rejeitaram o pedido de Kiev de criar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, por medo de se envolver em "guerra total na Europa".
Twitter um pouco mais restrito na Rússia
O regulador russo de internet Roskomnadzor começou a "restringir o acesso" ao Twitter na sexta-feira depois de bloquear o Facebook pouco antes, disseram agências de notícias russas. De acordo com a Interfax e a RIA Novosti, esta decisão segue um pedido do Ministério Público russo datado de 24 de fevereiro, dia em que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia. Jornalistas da AFP na Rússia viram na noite de sexta-feira que o feed do Twitter não era mais refrescante.
Esta decisão foi implementada no nono dia da invasão russa, depois que o Facebook e vários meios de comunicação independentes foram bloqueados. Uma lei punindo pesadas penalidades para quem publica “informações falsas” sobre os militares russos ou que pedem a imposição de sanções contra Moscou também foi aprovada.
O regulador russo já vinha desacelerando o funcionamento do Twitter desde o ano passado, criticando a rede social americana por não remover conteúdos considerados "ilegais", inclusive aqueles ligados à oposição.
LVMH fechará “temporariamente” suas 124 lojas na Rússia
A número um mundial em luxo, a francesa LVMH, vai fechar de forma "temporária", a partir de domingo, as suas 124 lojas na Rússia "dadas as circunstâncias atuais da região", anunciou sexta-feira um porta-voz da AFP. A decisão do grupo de Bernard Arnault, que tem 500 funcionários no país, segue a das casas de luxo Hermès e Chanel, que anunciaram durante o dia fechar temporariamente suas lojas e suspender suas atividades no país, após a invasão russa da Ucrânia .