Política

Bolsonaro diz: 'impossível' governar se Câmara derruba veto a reajuste

Senadores aprovaram a derrubada nesta quarta (19); deputados votarão nesta quinta (20). Paulo Guedes afirmou que decisão foi 'crime contra o país' e 'péssimo sinal'.
Da Redação , da redação em Salvador | 20/08/2020 às 12:53
Falta articulação politica a Bolsonaro
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   O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (20) que será "impossível" governar se a Câmara dos Deputados acompanhar o Senado e, assim, o Congresso Nacional decidir derrubar o veto que impede reajuste de servidores públicos.

  Na última quarta (19), o Senado decidiu, por 42 votos a 30, derrubar o veto do presidente que impede reajustes.
O veto ainda tem de ser analisado pela Câmara dos Deputados, e a votação foi adiada para esta quinta-feira porque a base aliada do governo foi surpreendida com a derrubada pelos senadores.

Se o veto for mantido pela Câmara, a concessão de reajustes a qualquer categoria do serviço público fica proibida até o fim do ano que vem. Se for derrubado, o reajuste não é automático, fica a critério das autoridades competentes.

"Ontem, o Senado derrubou um veto que vai dar um prejuízo de R$ 120 bilhões para o Brasil. Então, eu não posso governar o país. Se esse [a derrubada] veto for mantido na Câmara, é impossível governar o Brasil. É impossível", disse Bolsonaro.

O trecho também libera a possibilidade de reajustes para algumas categorias de outras áreas, como profissionais de limpeza urbana, de serviços funerários, de assistência social e de educação pública, desde que estejam diretamente envolvidos no combate à pandemia. Essas categorias tinham sido incluídas quando o texto passou pela Câmara, mas foram vetadas por Bolsonaro.