Política

BOLSONARO VIRA O NOVO LULA DO BRASIL COM O CORONAVAUCHER, por TF

A velha política de benefícios aos pobres retorna com a pandemia e o Brasil patina nas reformas essenciais para alavancar a economia
Tasso Franco , da redação em Salvador | 15/08/2020 às 20:07
Popularidade do presidente em alta
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  O presidente Jair Bolsonaro analisando a pesquisa DataFolha publicada ontem quando a aprovação do seu governo subiu para 37% de ótimo/bom e a rejeição caiu 10 pontos percentuais e, hoje, o mesmo instituto revela que 47% da população não acha que as mortes provocadas pela pandemia do coronavirus são de sua responsabilidade; e 52% dizem que sim, vê-se uma tramutação do eleitorado do presidente que passou a ser um novo Lula.

   Ora, Bolsonaro foi eleito por representar a antítese de Lula, o avesso do avesso, com apoio maciço da classe média que lhe depositou toda confiança na expectativa de que seu governo, com Paulo Guedes, na Economia, falava-se na época da campanha em superministro e vendeu-se essa imagem ao país, seriam feitas muitas reformas, reduziriam-se as mordomias, estatais ineficientes seriam privadas, haveria um amplo programa de infraestrutura para reduzir os gargalos nas exportações e pouca foi feita até agora.

   Lula manteve-se no poder com seu lulismo demagógio graças, em parte, aos programas de ajuda aos desassistidos com bolsas de toda naturza, Prouni e outros, a principal delas o Bolsa Familia. No Nordeste, então Lula reinou absoluto e até na última eleição Bolsonaro x Haddad foi assim.

   Eis que, aconteceu a pandemia do coronavirus, Bolsonaro estava em baixa, sua aprovação caira para -30% várias demissões e substituições de ministros, problemas com os filhos e Queiroz e uma série de outras questões políticas com a saída do PSL, perda de apoios no Congresso, desarticulação entre os poderes. Enfim, uma quantidade enorme de probelmas.

  Era de se esperar que Bolsonaro afundasse. Há mais de 30 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados na gavete de Rodrigo Maia, presidente da Casa, que tem funcionado como primeiro ministro. Diz que não há motivo para impeachement.

   A ajuda aos pobres na pandemia os 600 reais e outros pagos pela Caixa, lembrando que muitos prefeitos e governadores têm dado cestas básicas pelo Brasil a fora e os recursos são, em parte, do Ministério da Saúde, Bolsonaro na pesquisa DataFolha cresceu, especialmente no Nordeste. 

   E já veio a Bahia e ao Piauí sendo bem recebido e aumentando sua popularidade no Nordeste e no Norte. Esteve também no Pará.

   Essa é a velha política lulista de amparo aos pobres, de dar bolsa, de manter os pobres sempre precisando do governo, prática que vem sendo praticado no governo da Bahia há mais de uma década. O negócio é dar ambulância, trator, carros de policia, hospitais, policlinicas e por ai segue.

   Bolsonaro prometeu um Brasil novo. Sobretudo o ministro Guedes, apelidado até de Posto Ipiranga. E o que aconteceu? Pouca coisa. Até a Reforma da Previdência passou, mas, não se pode contabilizar a ele (o presidente) um esforço nesse sentido. E muitos beneficios foram imutáveis especialmente para os militares.

   O Bolsa Familia de Bolsonaro é o "coronavaucher" e embora ele tenha perdido parte dos apoios e da classe média, muitos com maior renda e escolaridade desembarcaram do bolsonarismo e estão flutuando a procura de um lider, o presidente continua competitivo e firmee para 2022.

   E o que é mais sintomático: como não aparecem novas lideranças as pessoas que deixaram de seguir Bolsonaro admitem um retorno a ele desde que o "comunismo" (leia-se no bolo Lula, socialisas, PCdoB, etc) não volte.